O ar meigo e maternal de OCEANA BASÍLIO pode transparecer fragilidade e insegurança. Contudo, a actriz algarvia é, afinal, uma mulher segura de si, lutadora e determinada a superar as (muitas) amarguras que a vida lhe ofereceu. Aos 30 anos, já superou o vício das drogas, um casamento falhado e a morte do avô, “um pilar” da sua vida. Agora, faz o luto da sogra, ISABEL LAGINHA, mãe do actual marido, o actor PEDRO LAGINHA.
No passado enfrentou momentos menos bons, nomeadamente vivências com drogas. Como encara isso hoje?
Quando olho para trás só penso que no presente tenho muita sorte em me ter tornado a pessoa que actualmente sou. E como se vê actualmente? Quando me olho ao espelho já vejo uma mulher normal, equilibrada e segura. Hoje gosto muito mais de mim.
Foi assim que sempre se projectou?
Depois de tudo aquilo por que passei, hoje já não planeio nada. Sei apenas que sou o que sou porque aprendi a lidar com as peripécias da minha vida de uma forma humilde e lutadora. Projecções só nos sonhos que tenho.
Que sonhos são esses?
Sonho conseguir continuar a educar a minha filha o melhor possível e continuar a trabalhar como actriz. No último ano voltou a passar por momentos menos bons.
A morte do seu avô e da sua sogra…
Esta não está a ser uma fase fácil, mas encaro tudo com determinação e força de vontade. Ultrapasso as barreiras da minha vida desta forma.
Que recordações guarda do seu avô?
Era como um pai para mim, era o meu pilar. Foi das pessoas mais presentes e mais poéticas que me acompanharam. Ele dava-me como prenda o pôr do Sol. Depois dele partir sinto que me falta uma grande parte de mim.
E a relação com a sua sogra, como era?
A mãe do Pedro era uma pessoa muito especial. Tínhamos uma óptima relação. Aprendi muito da vida com ela. Ela fez-me repensar e viver todos os momentos do meu avô, já que faleceram devido à mesma doença, cancro. Acompanhei todo o processo e agora, quando penso nisso, dá-me mais força para viver cada momento da melhor maneira. Estive com ela até ao último momento. Fiz o que qualquer pessoa com bom senso faria.
Não foi abaixo com tudo isso?
Vou ao fundo do poço em muitos momentos da minha vida, mas não consigo ficar lá muito tempo. Não encaro a vida de uma forma negativa. Faço muitas introspecções e rapidamente coloco os braços no ar e vou em frente.
É dessa forma que olha para o futuro?
A vida é uma coisa tão surpreendente que não vale a pena ficarmos expectantes face ao que nos vai acontecer.
Também encara o seu trabalho dessa forma?
Claro que sim. É desta forma que encaro tudo na minha vida. Está um pouco afastada do ecrã.
Como corre a sua vida profissional?
Não gosto de aparecer. Acho que a imagem é algo efémero. Tudo me tem surgido de uma forma natural. Até fazer televisão fazia teatro. Quando parei os projectos de elencos fixos, as portas do teatro voltaram a abrir-se.
Como é a relação com a sua filha?
Revejo-me muito na Francisca e nas traquinices dela quando eu também tinha quatro anos. Houve uma altura que ela vivia com pai, mas agora está comigo a tempo inteiro, o que é muito bom.
Como encara a Francisca o facto de ter os pais separados?
Ela tem uma relação fantástica quer com o pai, quer com o Pedro. Acha piada ao facto de ter duas famílias. Costumo dizer que as crianças dão mais importância às coisas se nós lhes transmitirmos que algo tem importância.
Gostava de voltar à televisão?
Gosto de tudo o que seja representar. Gosto do ritmo das novelas, mas também gosto do teatro. A novela, para mim, é mais um suplemento, mais uma das áreas que minha profissão tem.
Que personagem ainda não teve oportunidade de interpretar?
Adorava interpretar alguém que sofra de doença de Alzheimer.
Texto: Micaela Neves; Fotos: Rui Renato; Produção: Manuela Costa; Maquilhagem e Cabelos: Tita Costa, com produtos L’Oréal e Maybelline Professionel; Agradecimentos: Hotel Mirage Cascais
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