Desde pequenos que Filipa e Helder Postiga, casados há três anos, estão habituados a celebrar o Natal na companhia de muitos familiares. Mas desde o ano passado que tudo é diferente, pois no meio da multidão destaca-se o pequeno Gonçalo Postiga. O primeiro filho do casal, actualmente com um ano e meio, trouxe um brilho especial à quadra natalícia do futebolista do Sporting e da mulher. Pelo segundo ano consecutivo, “tudo o que é feito no Natal, é a pensar no Gonçalo”, garantem os pais.
VIP – Como será o vosso Natal?
Hélder Postiga – É sempre passado em família e em Portugal. Exceptuando a altura em que estava em Inglaterra pois, como eles jogam um dia depois do Natal, tivemos que celebrá-lo por lá. Nesta época, não dispensamos a companhia da família.
Filipa Postiga – Normalmente passamos a ceia de Natal com a minha família, ou com a do Hélder, e no dia seguinte trocamos. Tentamos estar com toda a gente. Este ano, vamos tentar juntar todas as pessoas na nossa casa pois estamos habituados a natais passados com muitas pessoas.
Em Lisboa?
H.P. – Não. Vamos passá-lo no Norte.
O Natal que celebram actualmente é muito diferente daquele que tinham quando eram crianças?
F.P. – Desde pequenos que estamos habituados a celebrar esta data com muita gente. Temos que nos dividir para tentar estar um pouco com todos.
H.P. – É diferente. A minha família é muito grande e, como tenho muitos primos, havia muitas brincadeiras. Agora, é mais para o Gonçalo desfrutar. É claro que adoramos o Natal, mas é mais para as crianças do que para nós.
Na vossa casa, manda a tradição?
F.P. – Sim. Com bacalhau e arroz de polvo à mesa. Sei que no Sul não se come o arroz, mas no Norte é tradição. Além disto, existe o pinheiro e o presépio e espera-se pela meia-noite para abrir os presentes.
E também decoram a casa?
F.P. – Todas as divisões. (risos)
H.P. – Claro! Acho que isso é fundamental para encarnar o espírito de Natal. Só falta nevar (risos).
O Hélder respondeu com muita alegria. A decoração é da sua responsabilidade?
H.P. – Normalmente é a Filipa quem decora a casa e, todos os dias, aparece com qualquer coisa nova para acrescentar. Gosto imenso de ver e também de ajudar. Muitas vezes, as minhas ideias são fracas mas a intenção é que conta. (risos)
Nesta época comem-se muitos doces. São gulosos?
H.P. – Não sou muito guloso. Gosto de comer uma rabanada e pouco mais do que isso.
F.P. – Eu sou um bocadinho. Embora não coma muitos doces tradicionais de Natal. É claro que se abusa um pouco nesta data, mas isso é normal.
Quais as melhores recordações que guardam desta data?
H.P. – Lembro-me da altura em que começavam as publicidades dos brinquedos (risos). Hoje, é um grande motivo para juntar a família e pessoas com quem não passamos muito tempo, durante o ano. Aqueles dois dias são vividos com muita intensidade.
F.P. – Quando somos crianças o Natal tem uma magia diferente.
Há algum presente que vos tenha marcado?
H.P. – O Natal é todos os dias (risos). Não me recordo de nenhum presente em especial.
Nem a primeira bola de futebol?
H.P. – Isso não foi no Natal (risos). Quando era criança tinha muitos brinquedos. Agora, tenho cada vez menos. (risos)
Qual o melhor presente que podiam receber este ano?
H.P. – Não ligamos muito a bens materiais.
F.P. – O mais importante é que as pessoas de quem gostamos continuem com saúde.
Acreditavam no Pai Natal?
H.P. – Não acreditava, mas gostava do espírito que se vivia. Quando era miúdo, tinha um tio que se vestia de Pai Natal e achava aquilo muito engraçado. Isso não me fazia acreditar, mas sentia que o espírito de Natal era aquilo mesmo, ou seja, tentar fazer com que as crianças acreditem.
F.P. – Acreditei até ter sete anos (risos).
NATAL A PENSAR NO FILHO
Terem sido pais deu um brilho especial a esta época?
H.P. – Claro. Neste momento, tudo o que é feito no Natal é a pensar no Gonçalo. Temos a sorte de poder dar ao nosso filho coisas que nunca tivemos. O objectivo é dar um Natal mágico ao Gonçalo.
F.P. – Temos é que arranjar pinheiros inquebráveis (risos).
Notam grandes diferenças entre o antes e o depois de terem sido pais?
H.P. – A nossa vida nunca mais foi igual (risos). Nós dependemos dele e a vida gira em torno do Gonçalo. É ele que decide tudo.
F.P. – É tudo feito em função do Gonçalo e do seu bem-estar.
O Gonçalo sai ao pai ou à mãe?
F.P. – Ele tem o feitio do pai. Na personalidade sai ao pai apesar de também ter algumas semelhanças comigo. Fisicamente, é uma mistura dos pais. É muito meiguinho, como a mãe (risos).
Tal como fazia o seu tio, já está preparado para se vestir de Pai Natal para o vosso filho?
H.P. – (risos) Posso não ser eu, mas outro membro da minha família. Espero que isso aconteça, pois é aí que está o espírito de Natal.
Quando é que um novo filho será um presente de Natal?
F.P. – (risos) Não queremos ficar só pelo Gonçalo…
H.P. – Mas, para já, queremos desfrutar do Gonçalo ao máximo. Quando ele for maior, pensamos nisso outra vez.
Em relação ao Gonçalo, já têm tudo pensado para este ano?
F.P. – Basta dar-lhe qualquer coisa embrulhada (risos). Ele não é esquisito, desde que seja algo com som, cor e luz.
O NATAL NO “BALNEÁRIO”
A profissão de futebolista tem muitas restrições, nomeadamente a ausência da família…
H.P. – Este ano vamos ter cinco dias. Esse tempo é aproveitado ao máximo para estar com a família.
No balneário também se vive o espírito de Natal?
H.P. – Sim. Nos clubes por onde passei sempre houve esse espírito. Costuma fazer-se um jantar que equivale à ceia e, em alguns clubes, existe troca de presentes, como é o caso do Sporting. Os meus companheiros acabam por ser a minha segunda família, devido ao tempo que passamos juntos.
São muito consumistas?
F.P. – Como temos muitas crianças na família, é natural que se gaste mais um pouco com eles. Para os adultos, tentamos comprar algo com significado e fugimos da onda do consumismo excessivo. O objectivo é que as pessoas se recordem de nós quando olham para aquele presente.
As crianças são a prioridade na lista das pessoas que recebem prendas…
H.P. – São elas que dão mais valor ao Natal. Ficam empolgadas à espera da meia-noite e do Pai Natal.
Compram tudo com antecedência ou, como boa parte dos portugueses, deixam tudo para a última hora?
F.P. – No último ano, como foi o primeiro com o Gonçalo, fiz as compras com muita antecedência. Antes disso, era sempre na última semana (risos).
DESEJOS PARA 2009
Qual o balanço que fazem deste ano?
H.P. – Muito positivo. Estamos felizes numa cidade de que gostamos.
F.P. –O nosso filho está muito feliz e o balanço é muito bom.
Já têm planos para a passagem de ano?
H.P. – Não. Depende da minha profissão e das datas, pois, normalmente, treino no primeiro dia de Janeiro.
F.P. – Tal como o Natal, costuma ser passado em família e em Portugal.
Cumprem a tradição das doze passas?
F.P. – Sim. As doze passas e os dozes desejos.
H.P. – Não fugimos muito à regra da família tradicional portuguesa.
Podem revelar alguns desses desejos?
H.P. – Que a família continue feliz, com tudo a correr bem…
F.P. – E que o nosso filho continue a crescer bem e feliz.
Texto: Bruno Seruca; Fotos: Rui Renato; Produção: Marco António; Maquilhagem: Tita Costa com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel ; Agradecimentos: Aldo (Cascaishopping, Fórum Almada, MaiaShopping, C.C. Colombo); Carlos Ferreira, Comércio de Flores (Tel.: 214 269 390; E-mail: [email protected])
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