É cavaleira internacional de dressage, uma modalidade muito restrita da equitação, e conta já com vários títulos conquistados. É também a filha mais velha do ministro da economia e inovação, Manuel Pinho, mas garante que tudo o que conseguiu até hoje resulta do seu trabalho e não por ser filha de quem é. Agora, Maria Pinho, de 26 anos, acaba de ser agenciada pela Face Sports.
VIP – Como começou a sua paixão pela arte equestre?
Maria Pinho – Começou com uma brincadeira de Verão. Eu montava a cavalo em Vilamoura, onde dava uns passeios, e, a partir daí, apaixonei-me. Tinha seis anos de idade. A primeira vez que montei foi com o meu pai e com a minha mãe.
Eles também são exímios cavaleiros?
Não, não ligam nada. Sou o único membro na família que gosta.
E quando é que começou a levar a modalidade mais a sério?
A partir do momento em que os meus pais me deram o primeiro cavalo, o Jean, que foi aos 10 anos. Foi uma surpresa fabulosa. Deu-me a possibilidade de entrar para a competição.
A Maria é cavaleira de dressage. Explique-nos o que é.
Para um leigo é uma espécie de bailado e de uma série de exercícios que são feitos dentro de uma área rectangular, com vários graus de dificuldade. À medida que o cavalo se vai desenvolvendo e ganhando idade, aumenta o grau de exigência das provas de dressage.
Qual foi a competição mais importante em que já participou?
Já tive o privilégio de participar em várias, mas, nos últimos tempos, a que mais me marcou foi o último internacional que fiz em Ponte de Lima. No primeiro dia fiquei em sexto lugar, no segundo dia em sétimo e, no terceiro, outra vez em sexto, estando a competir com cavaleiros olímpicos e sendo eu uma cavaleira amadora.
Tem, portanto, uma outra profissão em paralelo?
Frequentei um curso de medicina dentária durante quatro anos. Não gostei e tive a coragem de dizer aos meus pais que não queria continuar. Tenho um lema: uma pessoa deve fazer na vida aquilo que gosta. E achei que devia tirar o curso de fisioterapia porque conseguia juntá-lo à alta competição.
Como concilia os estudos com as provas?
É muito difícil, porque sou atleta de alta competição. É preciso muita força de vontade para conseguir conciliar as competições com os estudos e estar com os amigos.
E agora vai ser ainda mais difícil porque acaba de ser agenciada pela Face.
Tive um convite muito simpático da Fátima Lopes que, no fundo, acreditou em mim e no meu projecto. Acho que a nossa parceria vai correr bem.
O que vão fazer em conjunto?
Vou pertencer à Face Sports e vou participar nos eventos que a Fátima organizar. A nossa primeira reunião foi muito gira, porque eu disse à Fátima: ”tudo o que consegui até hoje é fruto do meu trabalho e não por ser filha de quem sou; e isso, para mim, está acima de tudo”. Foi com muito prazer que aceitei o convite.
Está preparada para este novo desafio?
Estou. Não é uma coisa que me assuste.
E como é a sua relação com a Fátima? Podemos falar numa amizade para além de uma relação de trabalho?
Sim. A Fátima tem sido fantástica comigo. É uma profissional como vi poucas e já trabalhei com muitas pessoas.
Revê-se um pouco nela? É que, à semelhança do que a Maria disse sobre si, a Fátima também é uma mulher que subiu à força do seu trabalho.
Acho que sim. Nisso, temos um bocadinho em comum. Somos também um pouco o mesmo género, porque embora pareça envergonhada, sou também bastante expressiva e comunicativa.
A Maria tem um pai mediático. Como é a vossa relação? É de muita cumplicidade?
É. Não é por ser meu pai, mas acho que é uma pessoa fantástica e temos uma relação muito próxima, desde sempre. Não foi uma coisa que foi crescendo com o tempo ou com a idade. Tenho um amor muito grande pelo meu pai.
É a ele que recorre quando precisa de algum conselho?
Sim, a ele e à minha mãe.
A família é o seu grande pilar?
É. E, para além da família, tenho grandes amigos, que considero ser uma coisa muito importante na vida.
Como é que eles reagiram quando souberam que ia ser agenciada pela Face Sports?
Apoiaram-me a 100% e acharam a ideia muito boa. No fundo, aceitei devido à Fátima. Ela é uma pessoa extremamente correcta e profissional, e eu gosto disso como método de trabalho. Gosto de pessoas correctas, frontais e com pensamento positivo.
Texto: Helena Magna Costa Fotos: José Pedro Tomaz Agradecimentos: Quinta da Broa – Coudelaria Manuel Veiga, Golegã.
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