Para Teresa Guilherme, separar a vida íntima da profissional é impossível. Por isso, não tem dúvidas quando diz que foi uma esposa péssima. Porém, como amiga, ninguém lhe pode apontar o dedo. Afinal, até gostava de ter o ex-marido a seu lado este Natal. Uma época que é vivida em família – e sempre com a mãe, Lídia Ribeiro, que a acompanhou nesta entrevista – e que, este ano, promete ser mais feliz. Ou não fosse a anfitriã estar de bem com a vida, desde que deixou a TDN, a produtora Terra Do Nunca.
VIP – Gosta do Natal?
Teresa Guilherme – Sim. É uma época em que as pessoas não têm medo de mostrar os sentimentos, de mostrar que gostam dos amigos, da família. Aproveito para rever pessoas que não vejo ou não falo há algum tempo…
Como é o seu Natal?
A minha família junta-se nos dias 24 e 25, e os meus amigos também aparecem lá por casa. Tento juntar as pessoas que quero bem. Sou católica e festejo o Natal à moda cristã, mas não o faço como uma obrigação, faço-o como uma festa.
Já fez compras de Natal?
Ainda não. Só senti o espírito natalício ontem [segunda-feira, dia 24]. Adoro as luzes de Natal, o colorido, a cidade fica mais bonita. É uma festa quase infantil.
Há algum Natal que a tenha marcado?
Todos os Natais marcam. Também porque é uma altura um pouco nostálgica…
Sente a falta do seu pai, por exemplo?
E da minha avó. Foi ela que me induziu a ser uma frenética natalícia. Eu sou filha única e adorava o momento em que o Pai Natal chegava. Acho que era o meu padrinho, mas eu acreditava que era o Pai Natal. Era muito emocionante.
Hoje decora a sua casa?
T.G- Decoro as duas casas, decoro tudo. Ponho luzes, faço a árvore, o presépio tem de ter musgo… Tenho outra tradição com a minha mãe: gostamos sempre de dar um toque especial aos embrulhos.
Lídia Ribeiro – Ela gosta de tudo o que é do Natal. Eu já não decoro a minha casa, não o faço desde que o meu marido morreu, agora só decoro a dela.
O que não pode faltar na sua mesa?
Bolo Rei, mas tem de ser um comprado numa pastelaria que a minha mãe conhece. Depois, mantenho a tradição do bacalhau na Consoada e do peru no almoço do dia de Natal. A mesa fica posta até dia 6 de Janeiro porque, diz-se, assim os entes queridos que já faleceram podem comer.
Vai para a cozinha ou compra tudo pronto?
T.G – Arranjo quem faça. Sou uma negação da culinária, tentei várias vezes, mas não tenho jeito. A minha mãe cozinha bem e a minha tia também. Cada pessoa da família tem a sua especialidade.
L.R. – Eu faço as filhoses de abóbora e as fatias douradas. A Teresa diz que lhe recordam a infância.
Lembram-se do presente que mais gostaram?
T.G. – Lembro-me de um da minha infância. Foi um boneco, um chorão negro. Eu queria-o muito e a minha mãe lá o comprou.
L.R. – O presente que eu mais agradeço é a minha casa. A Teresinha deu-me a minha casa.
Porquê negro?
T.G. – Não sei… Agora, que penso nisso, talvez fosse porque, como eu passei os primeiros anos de vida no Brasil e a minha babá era negra… Mas não sei…
AMOR, SIM; PRÍNCIPES ENCANTADOS, NEM PENSAR
Este vai ser um Natal diferente, já que se divorciou de Henrique Dias?
T.G. – Vai ser igual. O Henrique adaptou-se às nossas tradições. Como recebo muitos amigos no Natal, teria todo o prazer em o ter lá no Natal. Gostaria imenso, apesar de ainda não termos falado sobre isso.
L.R. – Talvez seja um bocadinho estranho porque ele não vai lá estar; é natural que se sinta a sua ausência.
Qual é o segredo para ficar amiga do ex-marido?
Não sei, mas ficámos amigos, de facto. Dois amigos podiam viver na mesma casa, mas nós decidimos não o fazer e separámo-nos. Hoje, falamos bem.
A má fase profissional ajudou ao fim do casamento?
Sim, deixa-se de ter tempo para estar com o marido, chega-se a casa aborrecida, cansada… Acaba por sobrar para a vida íntima porque não há forma de isolar a vida privada do nosso trabalho. Tenho a noção de que fui a pior companheira do mundo. Não foi agradável, foi uma grande lição.
Continua a acreditar no amor?
Claro, não tenho nada contra. Estar casada não foi uma má experiência, foi boa. Quando acontecer voltar a apaixonar-me, acontece.
Está à procura do príncipe encantado?
Acho que todos os homens são príncipes encantados nos primeiros três meses. O pior é depois… [risos] quando o encantamento passa.
NATAL FELIZ… SEM TDN
Este também vai ser o primeiro Natal pós-Terra Do Nunca…
Oh, meu Deus, que grande alívio! Eu já nem me lembro da TDN! Pensar que ainda estaria naquele ambiente acaba com o espírito natalício. O ambiente vivido ali ao longo deste ano foi dos piores que já vivi.
O último ano foi complicado. Que retrospectiva faz?
O balanço é positivo, apesar de não querer viver este ano outra vez de maneira nenhuma. Mas é das grandes crises que saem as grandes mudanças.
Sente que aprendeu alguma coisa?
Aprendi que nem toda a gente é boa. Foi o ano de abrir os olhos e reconhecer os bons amigos. Foram lições poderosas que me tornaram mais forte, porque tive de começar tudo do zero, outra vez.
O divórcio e a saída da TDN fizeram-na aproximar-se mais da sua mãe?
T.G.- É impossível eu aproximar-me ainda mais da minha mãe [risos]. Tenho é mais tempo para ela. Antes, ela ajudava-me porque eu não tinha tempo. Agora, ajuda-me porque converso com ela.
A Lídia é a sua melhor amiga?
T.G. – Sem dúvida. Sempre foi, sempre partilhámos tudo. Foi a primeira pessoa a saber de tudo e a aconselhar-me. Prezo muito a opinião dela.
L.R. – Acho que somos amigas, irmãs. Não temos segredos uma para a outra.
A Lídia sofreu muito com o divórcio e com a sua saída da TDN?
T.G. – Foi quem mais sofreu comigo. Até porque estavam pessoas envolvidas que ela já conhecia há muitos anos e que foram uma desilusão.
L.R. – Tentei ajudá-la a ultrapassar com muita simplicidade, tirando a carga negativa e encarando sempre com muita naturalidade que, às vezes, as coisas não são para sempre.
VOLTAR A SENTIR-SE VIVA
O que espera de 2009?
Quero fazer o que gosto de fazer. Adoro o meu trabalho. Quero ter tempo para dar atenção a outras pessoas. Quero ir à Disneylândia. Quero voltar a estar viva e não enterrada num contentor, que era onde eu estava, literalmente, na TDN.
Gostou do Momento da Verdade?
Gostei do formato, dos concorrentes, aprendi imensas coisas a nível da apresentação. Quanto aos resultados do programa, já falei imensas vezes sobre isso… acho que devia ter sido mais bem tratado. Ainda hoje [terça-feira, dia 25] saiu uma notícia na Imprensa, que é mentira, dizendo que eu manipulei uma concorrente. Ainda para mais ela era muito divertida, tinha uma família fantástica, seria a última pessoa que eu iria manipular. Queria era que ela ganhasse. Qualquer pessoa que insinue isso… Não tem explicação.
Acredita que a estão a tentar derrubar?
Acredito e acredito que são as mesmas pessoas que há seis meses me tentam fazer a cama.
Quem?
Não vou dizer.
Fala-se da possibilidade de ir para a TVI…
Eu nunca falei com o Moniz. Nunca fui para uma estação de televisão, vou pelos projectos. Gosto de trabalhar com ele. Mas, por exemplo, se a RTP me propusesse um formato de que eu gostasse e que me divertisse a fazer, não dizia que não.
Então, está disponível para novos projectos?
Não. Eu estou disponível para apresentar as minhas propostas e ver se os meus interesses e os dos canais se conjugam.
E vai começar o ano no Brasil, na novela do amigo Falabella?
O convite está lá, mantém-se. Adorava ter ido, mas agora tenho a cabeça noutras coisas e afastar-me de Lisboa já não é uma vontade. Há projectos mais interessantes aqui.
Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Rui Renato; Produção: Romão Correia; Maquilhagem: Vanda Pimentel com produtos Maybelline e L’Oréal Professionel; Agradecimentos: Anna G (Amoreira Shopping Center, Lj 2070 , Tel – 21 383 19 69; Esplanada do Castelo, nº 67, Foz do Douro, Tel.: 226164105); Philosophie (Av. da Liberdade, 180 Lisboa, Tel.: 21 3522584); Loja Emporio Maggy (Campo Pequeno, Lisboa); SORISA
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