Alec Baldwin matou, acidentalmente, a diretora de fotografia Halyna Hutchins na quinta-feira, 21 de outubro, durante a rodagem do filme “Rust“. Tudo aconteceu quando o ator disparou, durante um ensaio, uma pistola que ao contrário do que era suposto, continha balas verdadeiras. A notícia ecoou a nível mundial e à medida que os dias vão passando, conhecem-se novos detalhes sobre esta tragédia.
O site da VIP esteve à conversa com Hugo de Sousa, realizador e diretor artístico da Plural, sobre o uso de armas na ficção portuguesa.
VIP – Como se processa o uso de armas na ficção portuguesa?
Hugo de Sousa – Em Portugal, para termos acesso a armas de fogo nas gravações, o pedido tem de ser feito ao armeiro da PSP [Polícia de Segurança Pública] que, depois de avaliar e autorizar, nos faz chegar a(s) arma(s) devidamente acompanhadas por um elemento da PSP. Só ele e o ator em questão manuseiam a arma, mais ninguém está autorizado.
Estas armas estão carregadas com algum tipo de munição?
Raramente. E quando é necessário, só estão carregadas com cartuchos de pólvora seca, ou seja, não existe projétil. Mas mesmo este método é cada vez menos utilizado.
Já alguma vez aconteceu uma situação parecida em Portugal?
Que eu tenha conhecimento, nunca houve qualquer acidente com armas de fogo em gravações.
Como é que, no seu ponto de vista, aconteceu uma tragédia destas?
Sem dúvida que alguém falhou, e muito! Nos Estados Unidos da América as regras são bastante apertadas e não deveria acontecer um acidente com tamanha gravidade.
Texto: Ivan Silva; fotos: DR e Reuters
Siga a Revista VIP no Instagram