Hugo de Sousa
Realizador abre o jogo sobre uso de armas de fogo na ficção portuguesa

Nacional

A morte acidental da diretora de fotografia Halyna Hutchins, durante a rodagem do filme “Rust”, tem feito correr muita tinta a nível mundial.

Qua, 27/10/2021 - 13:36

Alec Baldwin matou, acidentalmente, a diretora de fotografia Halyna Hutchins na quinta-feira, 21 de outubro, durante a rodagem do filme “Rust“. Tudo aconteceu quando o ator disparou, durante um ensaio, uma pistola que ao contrário do que era suposto, continha balas verdadeiras. A notícia ecoou a nível mundial e à medida que os dias vão passando, conhecem-se novos detalhes sobre esta tragédia

O site da VIP esteve à conversa com Hugo de Sousa, realizador e diretor artístico da Plural, sobre o uso de armas na ficção portuguesa.  

VIP – Como se processa o uso de armas na ficção portuguesa?

Hugo de Sousa – Em Portugal, para termos acesso a armas de fogo nas gravações, o pedido tem de ser feito ao armeiro da PSP [Polícia de Segurança Pública] que, depois de avaliar e autorizar, nos faz chegar a(s) arma(s) devidamente acompanhadas por um elemento da PSP. Só ele e o ator em questão manuseiam a arma, mais ninguém está autorizado. 

Estas armas estão carregadas com algum tipo de munição?

Raramente. E quando é necessário, só estão carregadas com cartuchos de pólvora seca, ou seja, não existe projétil. Mas mesmo este método é cada vez menos utilizado. 

Já alguma vez aconteceu uma situação parecida em Portugal?

Que eu tenha conhecimento, nunca houve qualquer acidente com armas de fogo em gravações.

Como é que, no seu ponto de vista, aconteceu uma tragédia destas?

Sem dúvida que alguém falhou, e muito! Nos Estados Unidos da América as regras são bastante apertadas e não deveria acontecer um acidente com tamanha gravidade.

Texto: Ivan Silva; fotos: DR e Reuters

 

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