Os advogados de Cristiano Ronaldo estão a tentar impedir que o processo movido por Kathryn Mayorga, que diz ter sido violada pelo craque português, avance na justiça americana.
De acordo com o site Radar Online, a defesa do jogador alega que os documentos obtidos pela acusação foram roubados por um pirata informático e que, por isso, não são válidos em tribunal.
“Obteve documentos roubados de um suposto hacker cibernético”
De acordo com a mesma publicação, os advogados de Cristiano Ronaldo pedem ainda que a empresa que representa a norte-americana, o escritório de advocacia Stovall & Associates, seja alvo de uma sanção, uma vez que “intencionalmente obteve documentos roubados de um suposto hacker cibernético e que, não só expôs publicamente esses documentos, como os usou como justificação para que o Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas reabrisse a investigação” de um caso que aconteceu há mais de uma década.
Kathryn Mayorga alega que foi violada por Cristiano Ronaldo na noite de 12 de junho de 2009. Os dois ter-se-ão conhecido na discoteca do hotel Palms, em Las Vegas e, mais tarde, a norte-americana subiu ao quarto onde o craque estava instalado, onde afirma que ele a obrigou a praticar sexo anal. Segundo já foi tornado público, Mayorga terá exposto o caso na altura, mas terá recebido mais de 300 mil euros para se manter em silêncio. Em 2018, voltou ao ‘ataque’ e pediu ao tribunal americano para que o caso fosse reaberto.
Na altura, a revista alemã Der Spiegel noticiou que os advogados da alegada vítima tinham um depoimento do jogador, em que este descreve tudo o que se passou naquela noite, tendo admitido que Kathryn disse “não” várias vezes. São estes documentos que a defesa do craque quererá ver ‘fora’ do processo por terem sido obtidos de forma ilegal. A defesa da norte-americada alega também que esta não se encontrava mentalmente capaz na altura em que assinou o documento de confidencialidade.
Kathryn Mayorga pede indemnização de 64 milhões
Recentemente, foi tornado público que Kathryn Mayorga reclama a Cristiano Ronaldo uma indemnização de 64 milhões de euros e que pretende avançar com uma nova ação judicial. A notícia foi avançada pelo jornal britânico “The Mirror” a 28 de abril, que afirma que a ex-modelo exige que o jogador da Juventus lhe pague cerca 20 milhões de euros por “danos e sofrimentos do passado”, 20 milhões por “danos e sofrimentos futuros”, e outros 20 milhões de euros por danos punitivos. O restante valor que compõe os 64 milhões corresponde às despesas de advogados.
O craque português sempre manteve a sua posição desde o início do processo e nega todas as acusações. CR7 afirmou, na altura, que a violação é “um crime abominável” e apresentou cerca de 60 testemunhas para depor a seu favor.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução redes sociais e D.R.
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