Meghan Markle e o príncipe Harry celebram esta quarta-feira três anos de casamento. Foi a 19 de maio de 2018 que os duques de Sussex trocaram alianças numa cerimónia na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, que contou com centenas de convidados e foi transmitida em todo o mundo.
O casamento do filho mais novo da princesa Diana e do príncipe Carlos era um dos mais esperados pelos fãs da realeza, mas a verdade é que aquele que parecia ser um verdadeiro sonho, acabou rapidamente por se transformar num pesadelo para a Casa Real.
Meghan e Harry serviram a Casa Real enquanto membros seniores durante quase dois anos, mas o percurso não foi fácil e acabaram por tomar a decisão de abandonar os deveres da realeza em março de 2020. Os duques de Sussex viram-se envolvidos em várias polémicas, desde serem acusados de hipocrisia por apoiarem causas ambientais e viajarem em jatos privados ao batizado de Archie, que quebrou o protocolo real e foi feito de forma totalmente privada. Para encontrarem alguma privacidade e ‘fugirem’ dos olhares atentos da imprensa, Meghan e Harry decidiram abdicar dos deveres reais e mudar-se para os Estados Unidos com o filho, deixando o Reino Unido num verdadeiro alvoroço.
Meghan deixou Harry em lágrimas no dia de casamento
O episódio terá acontecido durante a festa de casamento mais privada que o casalinho deu apenas para cerca de 200 convidados, na Frogmore Cottage.
Conta quem esteve presente, que Meghan Markle terá levado os convidados às lágrimas, incluindo o próprio príncipe, com aquela declaração de amor inesperada. A atriz declamou um poema dirigido a Harry e dedicou-lhe algumas palavras de afeto. Referiu que tinha sido “abençoada” por conhecer um príncipe, dizendo ainda que foi “amor à primeira vista”. “A Meghan foi o centro das atenções”, afirmou um dos convidados ao jornal The Sun. “Foi a parte mais especial do dia e a mais inesperada”, acrescentou.
“Ela leu um poema como atriz profissional que é. A maioria das pessoas nas sala estavam com lágrimas nos olhos. O Harry parecia estar muito orgulhoso e chegou, também, a limpar as lágrimas. Ela falou do seu primeiro encontro e de como foi amor à primeira vista. A Meghan disse que sabia que tinha encontrado o ‘seu’ príncipe logo no início e o quão abençoada e sortuda se sentia por ter encontrado um amor tão profundo”, findou.
Antes, o príncipe Harry já tinha deixado escapar umas lágrimas quando viu Meghan entrar na igreja.
Veja algumas fotografias do casamento na nossa galeria
Os altos e baixos do casamento de Meghan e Harry
Apesar do casamento ter sido quase perfeito, o pai de Meghan Markle, Thomas Markle, não pôde estar presente – devido a um ataque cardíaco que tinha tido há pouco tempo e que o impediu de viajar até ao Reino Unido [Thomas Markle reside nos EUA] – e isso deixou a duquesa muito triste e desiludida. Desde então, a relação entre os dois nunca mais foi a mesma e a ex-atriz cortou relações com o pai.
A lua de mel no Canadá
O Canadá, onde estão atualmente a viver, foi o destino escolhido por Meghan e Harry para passar a lua de mel. Apesar de se ter dito que Meghan e Harry pretendiam passar a lua de mel num luxuoso hotel na Namíbia, o casal real optou um destino ligeiramente mais tradicional.
Segundo avançou na altura o TMZ, os duques de Sussex elegeram a cidade de Jasper, no estado de Alberta, no Canadá, para uns dia dias românticos. Mais precisamente, o Fairmont Jasper Park Lodge, mais conhecido como o «paraíso da realeza».
O nascimento de Archie
No final do ano de 2018, Meghan e Harry deram a novidade ao povo britânico: o casal preparava-se para se estrear no mundo da paternidade. E foi no dia 6 de maio de 2019 que o pequeno Archie, de dez meses, nasceu! Archie Harrison Mountbatten-Windsor é o nome do primogénito dos duques de Sussex e o seu nascimento marcou o início de uma chuva de duras críticas aos duques de Sussex.
Até ao nascimento de Archie, Meghan e Harry não pareciam ter problemas com as «luzes da ribalta», mas com o filho nos braços, os duques de Sussex começaram a procurar mais privacidade e a resguardar-se. A primeira contrapartida que levou os britânicos a ficarem zangados com o filho mais novo da princesa Diana e com a mulher foi o facto de estes esconderem ao máximo a identidade do filho e no batizado do menino, em julho de 2019, não permitiram a entrada de imprensa, nem de fotógrafos – algo que nunca tinha acontecido na história da realeza. Os fãs da realeza ficaram muito tristes por não poderem assistir ao batizado de Archie, considerando a decisão dos duques imperdoável e uma grande falha para com os britânicos, pondo em causa o protocolo da família real.
A polémica do batizado e a carta de Thomas Markle
A cerimónia de batismo contou apenas com 25 convidados, íntimos da Casa Real, e as única fotos divulgadas foram tiradas pelo fotógrafo real. Doria Ragland, a mãe de Meghan, marcou presença no batizado do neto, mas, mais uma vez, Thomas Markle ficou de fora. O pai da ex-atriz não perdoou a «falta de consideração» da filha. Desde então, Meghan e Thomas têm vindo a trocar várias acusações e o antigo diretor de iluminação cinematográfica chegou a divulgar uma carta, alegadamente escrita pela mulher de Harry.
Thomas Markle vai ser chamado para testemunhar contra a própria filha, num processo judicial que Meghan Markle instaurou contra o jornal Mail on Sunday, em 2019.
Em causa está a publicação da alegada carta de Meghan, escrita ao pai em agosto de 2018, meses após o casamento real. Thomas Markle, de 75 anos, deu aos advogados mensagens de texto nunca antes vistas, enviadas antes do casamento da filha, que comprovam o colapso do relacionamento de Meghan com o progenitor.
O pai da ex-atriz não pôde estar presente devido ao ataque cardíaco que sofreu e na resposta que alegadamente terá sido enviada por Harry, Thomas Markle é acusado de ter magoado a filha e sobre o seu estado de saúde, nem uma referência. Thomas voltou a responder: «Eu não fiz nada para te magoar, Meghan. A ti ou a qualquer pessoa. Desculpa-me se o meu ataque cardíaco é um inconveniente para ti.»
Os gastos milionários, as quebras do protocolo e a hipocrisia
Depois de toda a polémica com o batizado de Archie e com corte de relações com o pai, Meghan Markle e o príncipe Harry começam a ser criticados por defenderem causas ambientais, mas viajarem constantemente em jatos privados, em vez de usarem voos comerciais.
Outro motivo para as duras críticas tecidas ao casal foram gastos milionários que fizeram na remodelação da casa nova, a Frogmore Cottage. Os duques de Sussex terão utilizado mais de 3 milhões de euros dos fundos públicos para transformar cinco casas numa só residência de luxo, que neste momento é apenas a casa de férias dos duques de Sussex no Reino Unido, uma vez que estes decidiram mudar-se com o filho para Vancouver, Canadá.
A mudança para a casa nova, e a consequente saída do Palácio de Kensington, onde viviam com o príncipe William e Kate Middleton, levantou suspeitas sobre um possível desentendimento entre o «quarteto fantástico» e o consequente afastamento entre os filhos do príncipe Carlos. Harry acabou por confirmar esse distanciamento quando em setembro viaja até África do Sul com Meghan Markle e o pequeno Archie.
O ponto de viragem na vida de Harry e Meghan
A viagem deu origem a um documentário – Uma Aventura Africana – produzido por Tom Bradby, e é nesse mesmo projeto que o príncipe Harry aborda a relação com o irmão mais velho.
«Nós somos irmãos e seremos sempre irmãos. Certamente que, de momento, estamos em caminhos diferentes, mas eu estarei sempre lá para ele e sei que ele estará sempre lá para mim […], como irmãos, temos dias maus», afirmou.
A viagem à África do Sul mudou por completo a vida dos duques de Sussex. Cansados das críticas e da pressão mediática, a ida àquele continente fê-los repensar sobre a sua permanência na «linha da frente» da Casa Real. Em novembro, os duques de Sussex decidem fazer uma pausa nos compromissos reais e viajar até aos Estados Unidos, terra natal da ex-atriz, para passar o dia de Ação de Graças com Doria Ragland, a avó materna de Archie, em Los Angeles. Os dois também foram com a vontade de encontrar ajuda e aconselhamento profissional de advogados, psicólogos e relações públicas fora de Inglaterra.
Esta viagem inesperada dos duques de Sussex começou a preocupar os britânicos que, mal souberam da possibilidade de esta ser uma mudança definitiva e os primeiros passos para saírem da Casa Real, mostraram o seu desagrado através das redes sociais e acusaram Meghan Markle de tentar afastar o príncipe Harry da família real britânica.
E não foi a primeira vez que a duquesa de Sussex é acusada de ser a razão do afastamento de Harry com a família. Fontes próximas do casal contaram que os dois chegaram a trocar acusações onde Harry acabou por acusar Meghan de ser o motivo pela relação com o irmão mais velho, o príncipe William, estar debilitada. Os dois irmãos sempre foram muito cúmplices e de há uns tempos para cá têm vindo a desentender-se, segundo Harry, por terem visões diferentes e estarem em fases diferentes da vida.
Meghan e Harry anunciaram a 8 de janeiro de 2020 a intenção de abandonarem os deveres reais, algo que só aconteceu de forma definitiva a 31 de março do mesmo ano. Atualmente, os duques vivem em Santa Bárbara, Califórnia, com o filho, de dois anos, e estão à espera do segundo bebé, desta vez uma menina, que deverá nascer no verão. A relação dos dois com a família real britânica tem sido bastante conturbada. Sabe-se que o único membro sénior da Casa Real que mantém contacto constante com Meghan e Harry é a rainha Isabel II.
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Reuters
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