Ângelo Rodrigues passou por momentos complicados recentemente, por ter sofrido uma nova infeção na perna, mas fez questão de marcar presença no velório de Maria João Abreu. O ator chegou à Igreja São João de Deus, em Lisboa, a meio da tarde, de muletas, visivelmente debilitado, ao lado de Iva Domingues e José Carlos Pereira.
Ângelo Rodrigues foi submetido a uma nova cirurgia à perna na qual sofreu uma infeção grave, em meados de abril e será por isso que está obrigado a usar muletas. Desta vez a cirurgia foi de reconstrução e ocorreu novamente no Hospital Garcia de Orta, em Almada.
De acordo com uma publicação semanal, a cirurgia, que teve como âmbito uma melhoria estética da perna, não terá corrido como pretendido, uma vez que o rosto da SIC terá sofrido “uma uma infeção pós-operatória grave” que o impediu de regressar aos seus compromissos profissionais. O intérprete, de 33 anos, integrava o elenco da peça “A Ratoeira”, tendo sido substituído por Daniel Cerca Santos.
A homenagem de Ângelo Rodrigues a Maria João Abreu
Esta quinta-feira, dia 14 de maio – um dia depois da morte de Maria João Abreu – Ângelo Rodrigues partilhou uma fotografia antiga ao lado da atriz, que morreu vítima de rompimento de aneurismas. O ator, que também já correu risco de vida devido a uma infeção grave, foi ao baú para recordar a primeira vez que contracenou com a artista, na série juvenil “Morangos Com Açúcar”, em 2007. Na altura, Maria João Abreu interpretava ser a sua mãe no pequeno ecrã.
“Quiseram as circunstâncias que ficasses no hospital onde estive, com as mesmas pessoas que me salvaram a vida. Naquela altura, fatídica para os que privaram de perto, foste a única pessoa do elenco que conseguiu driblar os seguranças e me visitou. Isso, confesso, tocou-me profundamente. ‘É para ir ver o seu filho?’ – perguntou-te umas das enfermeiras. Não era segredo o que nos unia ultrapassava o mero exercício das nossas profissões”, começou por dizer.
“Quem pôde conhecer-te na tua real dimensão sabe que o virtuosismo era um pormenor. Portugal pode elogiar-te o talento, mas toda tu eras amor incondicional, inteiro e desmesurado. Isso está acima de qualquer ofício que possamos ter em vida. Levarem-te pode parecer-nos a maior injustiça, porque nos custa reconhecer o carácter inexorável da morte, mas há algo que nunca desaparecerá – o teu maior legado, o dos afectos. Viverás na memória de todos sempiternamente até ser, por fim, a nossa vez de partir. O maior Golpe de Sorte foi ter tido a honra de te conhecer. Obrigado, MJ”, pode ler-se ainda.
Texto: Ana Lúcia Sousa e Inês Borges; Fotos: Zito Colaço
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