Fátima Lopes abriu finalmente o jogo dois meses depois de ter saído da TVI .
A apresentadora falou pela primeira vez das razões que a levaram a tomar a decisão de abandonar o canal de Queluz de Baixo, para o qual trabalhou durante 11 anos, e fala ainda do que mudou com a entrada de Cristina Ferreira para a Direção de Entretenimento e Ficção do mesmo.
“Recusei-me a apresentar. Chega!”, Fátima Lopes
“Nos últimos dois anos não fui feliz na TVI”, assume Fátima Lopes, dizendo que não se sentiu “bem tratada” na estação. “Comigo houve um somatório de desconsiderações e desvalorizações. Se eu não tivesse autoestima, se calhar ficava, mas felizmente tenho consciência do meu valor como profissional e como pessoa”, refere, em entrevista à revista Sábado, enunciando, a título de exemplo, o programa “A Tarde É Sua”, que comparou a uma “pastilha elástica”. “[A duração da emissão] Aumentava ou diminuía para tapar aqui ou ali e isso é um desrespeito por um formato que foi desenhado para servir determinado público (…) Isto são desconsiderações. Só que o rosto era o meu”, lamenta.
Também o programa de entrevistas “Conta-me Como És”, que lhe foi entregue em 2018, e a adaptação do italiano “C’e Posta per Te”, que deveria apresentar este ano – já com Cristina Ferreira como responsável pelo entretenimento do canal – ajudaram a que optasse por abandonar a TVI. “O processo não foi bonito“, frisa. Sobre o primeiro, garante que começou por ficar “muito feliz”. “O projeto nasceu comigo e tinha a minha imagem. Só que afinal não ia ser só eu, ia ter outros colegas (…) e recusei-me a apresentar. Chega!”, atira, aludindo ao formato que tem agora o nome de “Conta-me”.
Já sobre “C’e Posta per Te”, Fátima Lopes explica que teria de “fazer um novo contrato”. “Mas não se fez o básico: primeiro negoceiam-se as condições e só depois se anuncia publicamente. Fizeram o contrário”, declarou. “O que me foi proposto não tinha condições para eu aceitar e saí”.
A comunicadora, que celebra esta quinta-feira, 13 de maio, 52 anos, recorda ainda o corte de ordenado em 30 por cento a que, em 2019, foi sujeita: “O argumento era a frágil situação financeira da empresa. Fui solidária e aceitei, na esperança de que, quando a empresa recuperasse, me repusessem o que tinha sido cortado. A verdade é que o tempo foi passando e ninguém tocou mais no assunto”, afirma.
“Nunca falei com a Cristina Ferreira”, diz Fátima Lopes
Sobre este processo, Fátima Lopes assegura que nunca falou diretamente com Cristina Ferreira. “Nunca falei com ela, nem ninguém sobre esse processo. O meu advogado é que me representava”, justifica, recusando-se, desta forma, a comentar a sua relação profissional com a Diretora de Entretenimento e Ficção da TVI: “Não vou falar de A ou B, não vale a pena, posso anotar determinados comportamentos, mais nada”.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução Instagram
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