Luís Costa Ribas já tem data para assumir as funções de correspondente da TVI nos Estados Unidos. Na SIC desde a sua fundação, o jornalista aceitou o convite da estação rival e entra ao serviço no próximo mês.
Numa nota enviada às redações pela TVI, o profissional fala pela primeira vez sobre o novo desafio que tem em mão. “A partir de 1 de maio, sou correspondente da TVI nos Estados Unidos. O Diretor de Informação, Anselmo Crespo, fez-me um convite muito bom e uma proposta intrigante, com um percurso novo para palmilhar”, frisa Luís Costa Ribas, que trabalha a partir de Washington desde 1984.
O jornalista deixa ainda um compromisso: “Colocarei na mesa tudo o que, nas últimas décadas, me foi dada a oportunidade de aprender nos quatro cantos do Mundo”. E acrescenta: “Com alguns velhos amigos e muitos novos colegas, temos pela frente objetivos claros de uma informação popular, mas não sensacionalista. Mãos à obra, que o futuro é impaciente.”
A notícia da transferência de Luís Costa Ribas da SIC para a TVI foi confirmada pela nova casa do profissional, em comunicado, no início deste mês. “A TVI contratou o jornalista Luís Costa Ribas nas mesmas condições que o correspondente detinha noutra estação de televisão. Trata-se de um contrato de longa duração que comporta maior estabilidade e perspectivas de futuro para o próprio, ao mesmo tempo que possibilita à TVI reforçar a qualidade da sua equipa de profissionais da Informação”, disse, na altura, o canal.
A TV 7 Dias soube que a SIC ainda tentou travar a saída do jornalista, sem sucesso.
“Vivo há mais tempo na América do que vivi em Portugal”
Luís Costa Ribas é jornalista desde 1980, quando ingressou no extinto semanário Tempo, tendo ainda passado pela Rádio Renascença. “Em 1984, aterrei em Washington com um contrato com a emissora oficial dos Estados Unidos, Voice of America”, recorda, na apresentação que ainda tem no site da SIC Notícias. Do seu currículo destacam-se ainda passagens pela Lusa, O Independente, Público, O Jornal, Visão e TSF. Estava na SIC desde a sua fundação.
“A vida levou-me a todo o lado. Mais de 50 países e 230 cidades, guerra, terramotos, furacões, histórias de índios, cowboys e capitalismo, política, assuntos internacionais, eleições em três continentes, conversas com Salman Rushdie e Sylvester Stallone, Plácido Domingo e Whitney Houston, Bill Clinton e Boutros-Ghali, Jonas Savimbi e José Ramos-Horta. Mas o meu fascínio maior é a América, onde vivo há mais tempo do que vivi em Portugal, e as histórias que nela há sempre para contar e as coisas que nela há sempre para explicar”, aponta o jornalista no mesmo texto.
Texto: Dúlio Silva; Fotos: Arquivo Impala e D.R.
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