A luta de Marco Paulo contra o cancro da mama continua. Apesar de a doença estar, neste momento, controlada, o cantor – que já foi submetido a uma cirurgia e a tratamentos de quimioterapia e radioterapia -, deverá voltar à sala de operações em breve.
“Continuo a fazer exames. Tenho feito os tratamentos necessários. Para além de ter tirado o peito, também tirei toda a parte da axila. Agora, tenho de voltar para fazer um cortezito, que já não me está a agradar muito. Aconselhei-me com os meus médicos e, possivelmente, vou ter de fazer mais uma intervenção, mas é uma coisa simples”, explicou Marco Paulo a Júlia Pinheiro, esta segunda-feira, no programa da tarde da SIC.
Sobre a boa disposição com que se apresenta sempre, o cantor adianta que não ganha “nada em estar melancólico e em baixo”. “É uma arma minha ser positivo e aceitar as coisas. Não sou mais do que ninguém”, justificou.
Marco Paulo conta tudo sobre a polémica com a TVI
Na mesma entrevista a Júlia Pinheiro, Marco Paulo contou a sua “verdade” sobre a polémica que o envolveu, bem como à estação de Paço de Arcos e à TVI. Esta foi a primeira vez que o cantor falou publicamente sobre o caso desde que o canal de Queluz de Baixo emitiu um comunicado a anunciar o fim das negociações com o artista, nota essa que falava ainda de uma “tentativa tosca e grosseira de especulação sobre o valor de mercado” do cantor por este estar a tentar, em simultâneo, a chegar a acordo com a concorrente SIC.
“Não admito que, por motivos de audiência, me metam numa situação de que eu não gosto”, começou por dizer. “Acho que fui metido numa teia da qual não tenha culpa nenhuma. Há dois canais e há uma pessoa que é disputada e que, por acaso, sou eu”, frisou Marco Paulo, para, logo de seguida, contar o desenrolar dos acontecimentos.
Sem nunca mencionar os nomes dos profissionais da TVI com quem se reuniu – o Correio da Manhã publicou imagens do artista com Cristina Ferreira, Diretora de Entretenimento e Ficção, e outros responsáveis do canal – Marco Paulo garantiu que não foi ele quem entrou em contacto com a estação. “Eu já tinha almoçado e jantado com uma pessoa, e não vou falar em nomes, de quem era amigo pessoal. Um dia, estava a dar um dos meus concertos na SIC, e recebi um telefonema de alguém a dizer-me que eu não tinha de estar na SIC, a perguntar se eu tinha ou não contrato, a dizer que ia entrar em contacto com a Direção de programas desse dito canal”, afirma.
“Eu iria receber uma proposta, mas nunca me enviaram nada”
“Eu tive conversas com as pessoas. Falei com a SIC, sempre demonstraram interesse. Falei com o outro canal, que me pediram para almoçar com pessoas da administração”, prossegue Marco Paulo, frisando que este segundo encontro terá acontecido na sua casa. “Eu disse que sim. Quem era, eu não podia dizer que não. Tirámos muitas fotografias. Aquele almoço, embora eu os tenha verdes e bonitos, não foi para olhar para os meus olhos”, ironiza, acrescentando: “Combinaram-se coisas. Eu iria receber uma proposta, mas nunca me enviaram nada”.
Marco Paulo diz ter ficado “surpreendido”. “Disseram-me que iria receber essa proposta por escrito e que se, até à noite, eu não dissesse nada, iam fazer um comunicado. Deixou-me muito triste porque eram pessoas com quem eu almoçava de vez em quando. (…) Não confiar nas pessoas, às vezes, dá jeito”, lamenta.
O artista garante ainda que iria ser “a segunda figura” da TVI, que “tinha uma promessa de um concerto num cruzeiro” e que “tudo o que se passou foi com alguém de gabarito”.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução SIC
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