Cristina Ferreira recebia 80 mil euros por mês (mais IVA), de ordenado base na SIC, aos quais se acrescentavam alguns “extras”: cinco mil euros correspondentes a cada programa que conduzisse para além do formato das manhãs e 750 euros “por cada microespaço” integrado n’”O Programa da Cristina“.
No entanto, a apresentadora pretendia auferir cerca de 1,5 milhões de euros anuais quando se mudou da TVI para a estação de Paço de Arcos no verão de 2018, de acordo com uma troca de e-mails entre a agente de Cristina Ferreira, Inês Mendes da Silva, e Daniel Oliveira, Diretor de Programas da SIC, divulgada por uma revista semanal. Esta proposta inicial foi prontamente recusada, diz a TV Mais.
Para justificar estes valores, escreve ainda a mesma revista, a agente da apresentadora alegou que a sua agenciada “tem clientes fiéis que investem muito no canal” onde Cristina “estiver”. “Essa força comercial representa uma fatia significativa daquilo que representa o seu custo”, cita a publicação.
O e-mail enviado a Daniel Oliveira, em julho de 2018, eram ainda referidas as funções a que Cristina se propunha caso a negociação, apelidada no mesmo de “a maior operação de transferência televisiva dos últimos tempos”, fosse a bom porto: ocupar-se do “horário das manhãs da SIC, conduzidas em exclusivo” pela própria. A apresentadora adiantou desde logo que “nomearia uma substituta dentro das caras da estação para as suas ausências”. “A equipa, os conteúdos, a realização, pesquisa e produção”, prossegue menciona a revista, ficariam também à responsabilidade de Cristina Ferreira. “As decisões sobre conteúdos [desse programa]” também seriam suas.
Os Globos de Ouro também foram pensados, com Cristina a fazer a “exigência” de ser a anfitriã desse ano da gala, de forma a garantir “uma entrada em grande na SIC”.
Novos detalhes sobre o contrato com a SIC
Foram revelados mais pormenores sobre o contrato que ligava Cristina Ferreira à SIC. A atual diretora de Entretenimento e Ficção da TVI terá pedido ao canal de Paço de Arcos, onde trabalhou durante cerca de um ano e meio, para fazer dois contratos por “razões fiscais”.
Na réplica adicionada ao processo, à qual a TV 7 Dias teve acesso, o canal esclarece que a decisão de fazer dois contratos, um em nome da firma Amor Ponto e o outro em nome da apresentadora, foi uma ideia da malveirense. Saiba mais aqui.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução Instagram
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