Covid-19
Júlia Pinheiro revolta-se devido à polémica das vacinas: “Uma vergonha”

Nacional

Júlia Pinheiro revoltou-se, em direto, no programa “Júlia”, devido ao facto de profissionais de entidades públicas estarem a distribuir as vacinas destinadas ao combate da covid-19 a amigos e conhecidos, sem terem em conta os critérios de prioridade.

Qui, 04/02/2021 - 8:00

Júlia Pinheiro revoltou-se, em direto, esta terça-feira, 2 de fevereiro, no programa “Júlia“, devido ao facto de profissionais de entidades públicas estarem a distribuir as vacinas destinadas ao combate da covid-19 a amigos e conhecidos, sem terem em conta os critérios de prioridade.

A apresentadora recebeu Filipe Órfão, enfermeiro do serviço de urgências do Hospital de Santa Maria, Lisboa, que partilhou um testemunho sobre o combate à pandemia e após recordar o dia em que foi vacinado contra a covid-19, a comunicadora fez um desabafo. “Estou muito zangada, estou profundamente indignada com aquilo que tem vindo a ser divulgado em relação às vacinas”, começa por afirmar.

“As vacinas são um bem de saúde pública, para aqueles que precisam de mais cuidados. Para mim, é absolutamente abjeto pensar que há pessoas, com pequenos poderes em Portugal, que têm a possibilidade de fazer escolhas para uma lista de prioritários, para serem vacinados, e acabam por se beneficiar a si próprias e aos seus amigos e conhecidos. É moralmente degradante. É uma tristeza e uma vergonha. Eticamente, é para lá de reprovável”, completa Júlia Pinheiro, visivelmente indignada com tal situação.

Saiba qual é o seu lugar na lista de prioridades

Com Portugal a comprar mais de 22 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, estão previstas três fases para a execução do plano de vacinação em 2021, que vão acompanhar o ritmo de disponibilização das vacinas.

❯ 1.ª Fase

250 mil: Residentes em lares e internados em unidades de cuidados continuados e respetivos profissionais.

400 mil: Pessoas com 50 ou mais anos com uma das seguintes patologias: insuficiência cardíaca, doença coronária, insuficiência renal e doença respiratória crónica com suporte ventilatório, ou seja, a correspondência exatamente das patologias mais frequentes nos casos graves da doença.

300 mil: Profissionais de saúde diretamente envolvidos na prestação de cuidados e forças de segurança genericamente de serviços essenciais, cuja elencagem tem de ser afinada.

❯ 2.ª Fase

1 milhão e 800 mil: Pessoas com 65 ou mais anos, que apresentem ou não problemas de saúde.

900 mil: Pessoas entre os 50 e 64 anos com uma das seguintes patologias: diabetes, neoplasia malignaativa, insuficiência hepática, insuficiência renal, obesidade e hipertensão arterial.

❯ 3.ª Fase

O resto da população, se o total de doses assim o permitir. Caso contrário, será necessário criar um novo subgrupo.

Onde será feita?

A vacinação será realizada em mais de 1200 centros de saúde, mas também nos lares e em unidades de cuidados continuados – nestes dois casos, a vacina será administrada pelas equipas de enfermagem. Os lares com equipas de enfermagem também poderão administrá-las na instituição.

Texto: Márcia Alves; Fotos: DR

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