Tânia Ribas De Oliveira
Fala da paixão pelo marido: “Há dias que entra em casa e sinto borboletas no estômago”

Nacional

Tânia Ribas de Oliveira revela a Manuel Luís Goucha quais os segredos para manter uma relação tão forte com o marido e pai dos filhos, João Cardoso

Dom, 03/01/2021 - 18:00

Tânia Ribas de Oliveira deu uma entrevista a Manuel Luís Goucha no programa Conta-me deste sábado, 2 de janeiro, no Museu do Sporting e vestida de verde. Na primeira conversa que os dois apresentadores tiveram em televisão, o rosto do canal público assumiu estar nervosa e começou por falar dos 25 anos que passou como atleta no clube de Alvalade, primeiro na Ginástica Rítmica e, mais tarde, na Dança Contemporânea.

“Era uma ótima fuga à escola, fui super feliz”, admite a Tânia, enquanto conta que foi uma aluna razoável, pois nunca foi de estudar muito. Ainda assim, conseguia ter bons resultados. “Sempre fui incentivada pelos meus pais que a vida não era só escola. Era cumprir aquilo que tínhamos a fazer e sermos felizes. Acho que correu bem”.

Deste tempo da ginástica no Sporting – onde entrou com 5 anos e saiu aos 28 – ganhou amigos para a vida. Rita Garcez, sua professora de dança, deixou-lhe uma mensagem gravada em vídeo, na qual recordou Tânia Ribas de Oliveira com uma “aluna dedicada, da qual toda a gente gostava, pois era uma palhacinha”, além de muito sentimental. A mesma imagem que a apresentadora ‘transportou’ para o pequeno ecrã.

Tânia Ribas de Oliveira e a ótima relação com o marido

E foi através de amigos comuns, concretamente do judoca João Pina, que Tânia conheceu o mardo, João Cardoso, com quem subiu ao altar há 11 anos, após quatro de namoro.”Não começámos logo a namorar”, diz a Goucha, contando que a primeira saída foi para assistir a um jogo de futebol em Alvalade. Estavam a fazer algo relacionado com o Dia dos Namorados, que não era naquele dia, e os dois foram filmados e apareceram no ecrã do estádio dentro de um coração. “Se calhar já era um prenúncio… um bocado piroso”, solta entre sorrisos.

A verdade é que continuam juntos e Tânia Ribas de Oliveira admite que continua apaixonada. Há dias, que quando João entra em casa continua a sentir borboletas no estômago. “Temos as nossas chatices, como todas as pessoas, somos muito diferentes em termos de personalidade, mas temos um equilíbrio muito simpático. Há respeito, somos muitos amigos e amamo-nos muito”. A apresentadora de A Nossa Tarde, na RTP 1, afirma que, acima de tudo, têm a mesma maneira de ver a vida e querem o mesmo para a educação dos filhos.

Uma mãe babada de Pedro e de Tomás

Ao longo dos anos de casada com João Cardoso, Tânia diz que vai-se ganhando confiança e sabe que “independentemente do que possa acontecer um dia”, que espera não ser diferente do que vivem agora, poderá contar sempre com ele.

O casal tem dois filhos: Tomás, de oito anos, e Pedro de cinco. Aos olhos da mãe, o mais velho “é um miúdo incrível e muito adulto para idade”. Desportista como o pai, faz surf desde os quatro anos “anda de skate maravilhosamente”. Já tem o corpo musculado devido à atividade física. “É bom aluno, na escola defende os mais frágeis e é muito estruturado”. Já Pedro, segundo Tânia, é o contrário. “É um bebé porque continua a gostar muito de colo, de carinho. É um sol com o seu sorriso e ninguém lhe fica indiferente”.

A saudade do avô: “Aprendemos a viver com ela”

A comunicadora admite que gosta de dar colo a quem gosta e, por vezes, também precisa dele. No entanto, confessa que nunca deixa passar as suas fragilidades. Como Goucha fez questão de frisar, dá-se aos outros no seu melhor e o pior fica para ela. “Sou tão feliz no meu trabalho que chego lá e esqueço tudo… e tenho medo que um dia isto acabe”, admitiu, acrescentando: “Não tem a ver com a idade. Estamos todos na mão da escolha de alguém”. Até lá, abraça a sua profissão de corpo e alma: “seja no riso, na compreensão, no silêncio ou na dádiva”.

Um dos seus maiores fãs, e que sempre acompanhou o seu percurso, foi o avô paterno, que já morreu vítima de cancro do pulmão. O professor de Português que, por vezes, a corrigia e quem via como o homem pefeito. “Era uma paz, uma tranquilidade”, começa por dizer Tânia Ribas de Oliveira. Após a sua morte “‘transformei-o’ numa borboleta branca [Sempre que passa uma borboleta branca… é ele], por serem suaves e serenas, chegarem sem ninguém estar à espera e embelezarem o local”.

Após muita dor, hoje, a apresentadora já consegue falar do avô com tranquilidade. “A saudade já é uma companhia e temos de aprender a viver com ela”. As avós ainda estão vivas. “A minha avó Rosinda tem noventa e tal anos e tem ainda tem uma retrosaria antiga, enquanto a outra avó está com Alzheimer. Passou pela perda do meu avô sem saber a pessoa que estava no caixão”, conta.

No final da conversa, Tânia Ribas de Oliveira recordou ainda como se apaixonou pela profissão, os inúmeros estágios na Informação da RTP, a escolha de Nuno Santos para repórter da Operação Triunfo e que lhe mudou a vida, e o seu amor por João Baião, um amigo e irmão. E a vida continua na ‘caixinha mágica’: “Não me dá trabalho ser igual a mim própria”.

Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: Instagram

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