Mariza recordou, em conversa com Manuel Luís Goucha no “Conta-me” deste sábado, 28 de novembro, um dos capítulos mais difíceis da sua vida: o divórcio do empresário António Ferreira, em 2018.
Foram necessários dois anos para que a cantora se sentisse finalmente pronta para falar publicamente sobre o assunto: “Estava extremamente perdida, porque venho de uma educação muito africana onde os divórcios e as separações não existem”, começou por recordar. Ainda assim, a intérprete do tema “Melhor de Mim” decidiu levar avante a sua separação não porque “as pessoas não se gostassem”, mas porque “tinham ambições e sentidos de vida completamente opostos”. “Nâo fazia sentido…no fundo estávamos a acabar por nos magoar e por magoar uma pessoa tão especial como o Martim que precisa de crescer num ambiente saudável e feliz”, justificou.
Mariza confidenciou, ainda, que foi a primeira mulher a divorciar-se da sua família e foi, por isso, alvo de questionamentos por parte do seu círculo familiar. “Eu disse à minha avó: ‘eu vivo em Portugal. Não te vou envergonhar'”, rememorou.
Esta difícil etapa da sua vida serviu de inspiração para a música “Oração”, do álbum homónimo lançado em 2018. “Quando percebo quando estou num barco com um filho e que a partir de agora vou remar sozinha… Tenho os meus pais, mas eu já sou adulta, não é? O pensamento africano é: os filhos tomam conta dos pais. Os pais não tomam conta dos filhos”, explicou a cantora que é filha de pai português e mãe moçambicana. “Quando crescemos, passamos a assumir o comando do navio e foi isso que aconteceu….eu vejo-me com o meu barco no meio do mar, e está uma tempestade. Por isso é que começa [a música] ‘triste e só anda o meu coração como anda a folha perdida no vento'”, acrescentou.
Texto: Alexandre Oliveira Vaz; Fotos: Redes Sociais
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