Marta Cardoso tece duras críticas a Teresa Guilherme pela forma como trata alguns concorrentes e à produção do Big Brother, dizendo que não pode “compactuar” com isso. A comentadora do Extra não teve papas na línguas ao tecer as críticas mesmo correndo o risco de “perder o emprego”.
Durante o “Extra” desta segunda-feira, 2 de novembro, a comentadora apontou o dedo à forma como alguns concorrentes são tratados nas galas, com falta de imparcialidade e até de respeito, e deu como exemplo Pedro, Sofia e André.
Durante o programa, foram mostradas imagens da expulsão de Carina e da reação de Pedro ao entrar na casa. Maria Botelho Moniz deu a palavra a Marta Cardoso e esta não hesitou em dar a sua opinião, mesmo correndo o risco, como a própria disse, de “perder o emprego”.
“Surpreendeu-me a reação do Pedro. Não gostei de ver, não achei simpático para com o resto da casa, mas também tenho que dizer que esta reação, sem estar a defender o Pedro, vem a seguir a uma situação que, infelizmente eu vou ter de falar aqui…”, começou por dizer.
“Não aconteceu só ontem [domingo, 1 de novembro] na gala. Já tem acontecido em várias galas, em vários diretos, de forma injusta, na minha opinião, porque eu entendo que a parcialidade pode ser admitida nestes sofás. As pessoas que aqui estão [comentadores] são convidadas para dar a sua opinião e a opinião raramente é uma coisa imparcial. Numa gala, a fata de imparcialidade é uma coisa que me custa muito e não aconteceu só ontem com o Pedro, em que ele foi confrontado. Depois, tem de lhes ser dada a oportunidade de se defenderem, e ontem não foi dada ao Pedro”, afirmou.
Marta deu outros exemplos: “Já vi isto acontecer com a Sofia. Tenho visto a Sofia ser tratada de uma forma pouco respeitosa. Ela começa a falar e é imediatamente interrompida. Já vi isto acontecer com o André. Ja vi isto acontecer numa gala, confrontarem o André com qualquer coisa e depois não lhe darem oportunidade de se defender”.
“Não está a ser bem feito”, diz Marta Cardoso
Marta Cardoso, que foi concorrente da primeira edição do “Big Brother” em Portugal, em 2000, afirma mesmo que não pode compactuar com uma situação deste género.
“Não acho que isto seja justo. Uma gala pretende, na minha opinião, mostrar às pessoas o mais importante da semana, confrontar os concorrentes e deixá-los defender-se. Vejo outros concorrentes serem altamente acarinhados. Falo da Jéssica, do Rui, da Andreia… e adoro estes concorrentes, nada contra, mas acho que há uma forma de tratamento dos concorrentes que eu, como ex-concorrente, não posso compactuar. E não foi uma, nem duas, nem três, nem dez vezes”, afirmou.
A comentadora do “Extra” sabe que este seu comentário pode prejudicar a sua continuidade na TVI, apesar de já ter revelado que se vai afastar dos reality shows, no entanto, mantém a sua posição e faz um apelo à produção do reality show: “Por toda a gratidão e respeito que tenho pela TVI, pela Teresa e pelo Big Brother, que eu acompanho há 20 anos, mas eu tinha de dizer isto, porque acho que não está a ser bem feito. É a minha opinião, vale o que vale”.
“Se isto servir, mesmo que eu perca o emprego, para melhorar nem que seja um bocadinho a forma como as coisas estão a ser feitas, os concorrentes serem tratados de forma justa… Com toda a minha gratidão e respeito pela TVI e pelas entidades que fazem este programa, o público merece-me igual respeito e, acima de tudo, os concorrentes merecem respeito. A única pessoa que eles ouvem naquela casa é a Teresa, é a única informação que têm, têm de ser tratados de forma igual. Têm de ser tratados de forma imparcial e de forma justa”, acrescentou ainda.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução redes sociais
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