Uma série de revelações bombásticas, expostas num novo livro polémico, vem explicar como e quando começou a má relação entre William e Harry. E esclarece que Kate Middleton e Meghan Markle nunca se deram mal.
No novo livro ‘Battle of Brothers: The Inside Story of a Family in Tumult‘ (Batalha de Irmãos – A História de uma Família em Tumulto), o autor Robert Lacey explora o afastamento dos filhos de Carlos e Diana, incluindo as tensões que cresceram com o intenso romance entre Harry e Meghan Markle.
Mas não só. O livro dá conta de um ‘lado secreto’ do neto mais velho da rainha Isabel II. O autor escreve que William tem propensão para verdadeiros «ataques de fúria», que o têm acompanhado desde a adolescência até à vida adulta.
A obra é de Robert Lacey, biógrafo da família real que já trabalhou como consultor da série The Crown. O jornalista também foi o autor de uma das biografias mais reconhecidas da rainha Isabel II. ‘Battle of Brothers’ é lançado no dia 15 de outubro, mas partes do seu conteúdo foram partilhadas pela imprensa internacional.
Veja as 6 revelações bombástica do polémico livro.
1 – William e Harry afetados pela má relação entre os pais
Desde muito pequenos que o príncipe William e o príncipe Harry sofriam com o casamento fracassado dos pais, o príncipe Carlos e a princesa Diana. O caso amoroso entre o herdeiro do trono com a atual esposa, Camilla, teve um impacto muito grande nos dois irmãos.
«Dos 4 e 2 anos de idade, William e Harry cresceram sob os cuidados de dois pais que não partilhavam a mesma cama, que eram mais inclinados a falar com a imprensa do que um com o outro e que também adotavam padrões de engano sistemático», escreve o autor, citado pela People.
Um guarda-costas de Diana e dos irmãos lembra-se de um incidente que ocorreu quando a família estava a viajar de Londres para Highgrove num fim de semana. «De acordo com Wharfe, Harry e o seu irmão envolveram-se numa discussão no banco de trás do carro, com a ama a tentar acalmá-los em vão. “Serás rei um dia”, disse Harry, de 4 anos. “Eu não vou. Então posso fazer o que quiser”», pode ler-se.
«Os dois irmãos foram prejudicados pela sua educação; ambos reagiram encontrando soluções diferentes», afirma Lacey. «Há muita dor e trauma nesta história», acrescenta.
Apesar de terem sido «criados para serem próximos e se protegerem um ao outro», as coisas não correram como planeado. As tensões aumentaram quando William foi preparado para o seu papel enquanto futuro monarca, já Harry foi deixado sem um papel próprio definido.
Robert Lacey acredita que será uma grande tragédia se os irmãos não se reconciliarem. «Compara-se com a altura em que Edward VIII abdicou do trono em 1936 e a morte da princesa Diana em 1997. É dessa escala», garante.
2 – William chorou ao ver Diana admitir infidelidade na televisão
A famosa entrevista que a princesa Diana deu à BBC logo a seguir ao divórcio e que só foi para o ar dois anos depois do casal anunciar a separação, foi dura para William. Na altura, o príncipe tinha apenas 13 anos.
Durante a conversa gravada, Diana afirmou ao jornalista Martin Bashir que se tinha apaixonado pelo oficial do exército James Hewitt. Uma revelação pública que não foi bem recebida pelo jovem William, que terá sido encontrado «atirado no sofá e com os olhos vermelhos de chorar» pelo diretor do seu dormitório na escola interna para rapazes Eton College. O autor do livro escreve ainda que o adolescente se recusou a falar com a mãe quando esta lhe telefonou, cerca de uma hora depois.
3 – Os ataques de fúria chocantes de William
Robert Lacey diz que William tem propensão para «ataques de fúria», que o têm acompanhado desde a adolescência até à vida adulta. Camilla, mulher de príncipe Carlos, terá inclusivamente confidenciado que assistiu a cenas «muito desagradáveis» entre William e o pai. De acordo com a duquesa da Cornualha, «os conflitos eram chocantes, com o William a gritar e o Carlos a submeter-se. No ‘reino’ do William, tudo tem que ser perfeito. Se o seu pai falhasse em alguma coisa, ele soltava a sua fúria», lê-se no livro.
4 – O ‘lado secreto’ de William
Outra das revelações do livro é o lado de ‘bad boy’ de William. Até então essa fama pertencia a Harry que, durante na adolescência, e início da fase adulta foi ‘apanhado’ várias vezes em festas ‘regadas’ a álcool e drogas. No entanto, parece que terá sido o irmão mais velho a ‘levá-lo’ para esse mundo. Facto que passou despercebido à imprensa. O autor da obra garante ainda que William era tão «adepto» das noitadas loucas como Harry, mas, esse lado do neto mais velho da rainha nunca foi exposto aos olhos do público.
5 – William disse a Harry que ele se estava a precipitar ao casar-se com Meghan
De acordo com Lacey, o momento de grande tensão deu-se quando William pediu a Harry que tivesse calma no seu relacionamento com Meghan. E já depois do casamento, a relação terá ficado tão difícil que os dois não se falaram por várias semanas, afirma o autor.
O duque de Cambridge não teve problemas em manifestar as suas reservas em relação à atriz americana. «William temia que o irmão estivesse a avançar demasiado rápido no namoro – e não se inibiu de dizê-lo quando Harry começou a falar em casar-se com Meghan relativamente cedo», escreve Lacey num excerto publicado pela revista People. «O conflito fundamental era entre dois homens que se conheciam desde sempre e nunca hesitaram em dizer um ao outro exatamente o que pensavam e sentiam», refere.
O confronto crucial e muito relatado pela imprensa terá ocorrido no final de 2016 ou início de 2017.
«’O William Demorado’, claro, levou tanto tempo a firmar compromisso com Kate pelo bem da monarquia. Ele fez-lhe uma audição para um trabalho durante todos aqueles anos. Portanto, Harry não conseguiu evitar questionar se o irmão estava realmente preocupado com a sua felicidade pessoal – ou se estava, uma vez mais e como é costume, a pensar na composição e fortuna da ‘Firma’, da qual um dia seria chefe? A resposta de Harry foi uma resistência brusca e ofendida», escreve o autor.
Depois do casamento de Harry e Meghan, em maio de 2018, havia esperanças de que os Cambridge e os Sussex pudessem trabalhar juntos. Em vez disso, começaram a seguir rumos diferentes.
«Aqui temos dois irmãos que se adoravam profunda e genuinamente, mas que também podiam dar tudo o que tinham no que diz respeito a discordarem sobre algo que consideravam importante. Para William, era o futuro estado da sua monarquia – e o seu estimado fundo fiduciário – que estava em jogo; enquanto para Harry era o amor por esta mulher complexa e cativante que finalmente deu sentido à sua vida», pode ler-se.
A distância emocional culminou num afastamento físico, quando o duque e a duquesa de Sussex renunciaram aos papéis de membros seniores da realeza britânica e deixaram o Reino Unido para iniciarem uma nova vida na Califórnia, a cidade natal de Meghan, nos Estados Unidos.
6 – Kate e Meghan nunca tiveram problemas
Ao contrário do que muitos tabloides sugerem, Robert Lacey afirma na obra que Meghan e Kate nunca tiveram problemas no seu relacionamento.
«Meghan e Kate, na verdade, deram-se muito bem desde o início. Podem não ser melhores amigas, mas encontraram-se uma na outra, irmãs outsiders na sua condição extraordinária na realeza, e ambas profissionais tranquilas, tratando-se com um respeito mútuo», escreve o autor.
«Cada uma delas era muito sagaz para tornar uma possível cunhada numa inimiga – só fazia sentido se elas fossem amigas. O conflito fundamental estava entre os dois homens, que se conheciam a vida inteira e nunca hesitaram em dizer um ao outro exatamente o que pensavam e sentiam», diz Lacey.
Texto: Inês Neves; Fotos: reprodução página oficial de Instagram Kensington Royal e Sussex Royal
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