Madalena Brandão
Recuperada da Covid-19, recebe pedidos de ajuda: «estão a ser crucificadas»

Nacional

Após vencer a Covid-19, Madalena Brandão diz estar a receber pedidos de ajuda de pessoas que estão a ser «crucificadas» por apanharem o novo coronavírus

Qua, 16/09/2020 - 5:00

Madalena Brandão garante estar «imune ao medo» após superar a Covid-19, mas alerta que há doentes que estão a ser vítimas de preconceito. A atriz, que faz parte do elenco da novela Amar Demais, explicou, no evento que assinalou a estreia da novela da TVI, que os filhos também foram infetados com o novo coronavírus, mas que não apresentaram sintomas e que a sua maior preocupação se centrou na escola das crianças. «Todos fizeram o teste, alunos e professores, e ninguém testou positivo. Essa foi a melhor notícia durante o meu covid. A escola é que me preocupava mais», admite. 

«Os meus filhos não perceberam [a gravidade da situação]. Como nós não vemos os telejornais e não os expomos a esse pânico, eles sentiram-se bem. Viram os pais bem. Tínhamos tido amigos que eles já sabiam que também tinham tido. Nós tínhamos vindo de uma quarentena, portanto foi uma segunda quarentena, mas com mais algum cansaço», diz.  

«Uma coisa pela qual estou grata da experiência é: já não estou a lidar com o desconhecido. Estava com muito medo e ansiedades, com dificuldade em dormir… eu sou muito permeável e estava a ficar um bocadinho minada com esta energia do mundo. Agora, esteja imune ou não à doença, o que costumo dizer é que estou imune ao medo. Estou bastante tranquila, nada stressada. Estou mais stressada com o estado do Mundo e saber quanto tempo mais vamos viver assim. Porque acho que isto de vivermos com medo é grave e pode ter graves consequências», considera.

Recorde-se que As gravações de Amar Demais tiveram de ser readaptadas depois de Madalena Brandão ter dado positivo à Covid-19. Agora, Madalena Brandão diz receber mensagens de pessoas que estão a ser vítimas de preconceito por enfrentarem a doença. «Fico contente por ter tornado público porque recebo muitas mensagens de pessoas que estão escondidas, em aldeias, a ser crucificadas, como se tivéssemos feito mal a alguém. E é importante dar esse apoio, desmitificar isto. Há muita gente que está a viver isto com muita vergonha e não deve».

Texto: Ricardina Batista; Fotos: Helena Morais  
    

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