Manuel Luís Goucha foi despedido várias vezes dos empregos que teve antes de chegar à televisão.
E se, hoje em dia, o apresentador é um dos melhores e mais conceituados na sua área, nem sempre foi assim.
Em conversa na rubrica da Rádio Renascença No Ar com Ana Galvão, a estrela da TVI contou que foi despedido três vezes! «Fui despedido 3 vezes: da rádio, do teatro e, antes disso tudo, de uma livraria», diz.
Depois, Manuel Luís Goucha dedicou-se ao teatro e foi assim que chegou à televisão. Chegou a fazer as duas coisas em simultâneo.
«Sou ator de teatro profissional e comecei a fazer televisão como ator de teatro na companhia da Luzia Maria Martins, etc. E começo na televisão pela apresentação do programa juvenil chamado Bota das Sete Léguas, em que o António Costa, o nosso primeiro-ministro, era repórter!», lembra.
Neste programa, cabia ao apresentador a parte cultural, ligada ao canto, ao teatro e à dança.
«Depois, quando fui despedido do teatro, vou para a televisão», continua.
«Quando fui despedido do teatro, já tinha contactos, por causa da Bota das Sete Léguas, ligados à televisão. E é a Maria Alberta Menéres, diretora de programa infantis, mais a Maria do Sameiro Souto que um dia me convidam – porque eu tinha anteriormente proposto um programa de receitas para crianças. Portanto, entro pela porta da cozinha a fazer programas de culinária para crianças», explica.
Goucha e Teresa Guilherme foram despedidos da rádio por mau comportamento
Manuel Luís Goucha conta, ainda, como ganhou maior gosto pela gastronomia.
«Saí de casa da minha mãe aos 17 anos. Fui viver sozinho. E, nessa altura, tinha gosto por fazer bolos e entender a razão de porque é que este prato se chama assim e não se chama assado. Portanto, o interesse pela gastronomia veio acompanhando a minha adolescência. E mais, eu escrevia no jornal Sete. A coluna de receitas era escrita por mim», revela.
Também na rádio, Goucha deixou a sua marca, há cerca de 20 anos. Daqui foi despedido juntamente com Teresa Guilherme. Os dois tinham um programa em direto por volta da hora de almoço na Rádio Renascença e foram dispensados por mau comportamento.
Durante a emissão «começámos a divagar sobre o como seria o céu. E eu pus-me a dizer que deveria ser uma chatice, porque é tudo cor de rosa, os anjos não têm sexo e por aí fora». Após este episódio, no dia seguinte, foram «chamados ao gabinete do diretor de programas da altura, António Sala», que lhes disse que a administração «tinha dispensado» os seus serviços.
«O António estava profundamente triste por nos despedir e nós muito contentes porque íamos para férias», lembra divertido.
Texto: Inês Neves; Fotos: reprodução Intagram
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