Pedro Barroso foi o convidado desta quinta-feira, 30 de abril, de Júlia Pinheiro, na SIC e fez algumas confissões sobre a vida pessoal e profissional. Surpreendido pelas cartas da mãe e do pai, o ator emocionou-se. Principalmente com a carta do progenitor, Joaquim Barroso, com quem viveu entre os 12 e os 16 anos.
Até aos 12 anos, Pedro cresceu com os avós maternos, sem a presença constante do pai que, a dada altura, se mudou para o Algarve e reconstruiu a sua família, tendo mais três filhos.
Nessa fase da adolescência, o ator mudou-se para Albufeira, para viver com o pai, a madrasta, Paula, e os três irmãos. Lá o menino «com tiques alfacinha», como o progenitor o intitula cresceu e viveu de uma forma «saudável» e «serena».
«Foi-me essencial a presença do meu pai, pela educação, por ter a referência de um homem por perto diariamente», referiu Pedro. Para o ator, esta ligação que mantém, hoje em dia, com o pai é resultado de «uma relação continuamente a ser trabalhada». «Talvez a ausência dele, durante algum tempo, me tenha percebido que fez-me algumas lacunas. Que me criou alguns desalicerces. Eu precisava de trabalhar esta relação, eu preciso de a trabalhar, diariamente, para também crescer como indivíduo», confidencia.
«Chegaste frio por fora mas inseguro por dentro»
É, naquele momento, que o ator é surpreendido com uma carta do pai, que recordou o nascimento do filho, os vários momentos – bons e menos bons – que partilhou com Pedro, referindo, por fim, o orgulho que sente por este.
«Vieste viver connosco para o Algarve. Cheio de personalidade própria, com tiques de alfacinha, chegaste frio por fora mas inseguro por dentro. E aos poucos tornaste-te um moço. (…) Houve boas e más histórias. Depois, novo afastamento com o teu regresso a Lisboa, com o teu percurso como modelo e, posteriormente, como ator. Fico orgulhoso do teu sucesso mas nem tanto do teu percurso. Gosto e sempre gostarei de ti», ouviu-se no estúdio.
Pedro desmanchou-se em lágrimas ao ouvir as palavras do progenitor. «Foi bom ouvir a voz dele, foi bom ouvir o Gosto de ti», referiu. Perante isto, Júlia Pinheiro questionou o ator se este sente a necessidade de ouvir o pai dizer-lhe que gosta dele. Aí o ator demonstrou que esse tipo de palavras não é comum entre ambos, talvez por algum tipo de barreiras que ambos criassem na ligação e comportamento um com o outro.
Texto: Marisa Simões; Fotos: Pedro Barroso
Siga a Revista VIP no Instagram