Figuras públicas celebram o 25 de abril
“Há 46 anos, um grupo de heróis ditou a vida que temos. Obrigada”

Nacional

Figuras públicas assinalam os 46 anos do 25 de abril. Pela primeira vez na história, Portugal vive o Dia da Liberdade em Estado de Emergência

Sáb, 25/04/2020 - 9:06

A 25 de abril de 1974, um movimento militar, político e social derrubou o regime ditatorial do Estado Novo. 46 anos depois, pela primeira vez na história, os portugueses vivem a data em Estado de Emergência por causa da pandemia da covid-19. Portugal vive o Dia da Liberdade a cumprir isolamento social. 

O 25 de abril está a ser assinalado no Parlamento, a casa da democracia, com uma cerimónia minimalista, onde estarão presentes menos de 100 pessoas, em vez das habituais 700. O guião da cerimónia foi alterado. 

Nas redes sociais, as figuras públicas portuguesas estão a assinalar a data. Tânia Ribas de Oliveira agradeceu ao grupo de heróis que, há 46 anos, fez de Portugal um País livre. 

“Nunca a Liberdade foi tão sentida e desejada, depois de 74, como nos dias de hoje. Para quem, como a minha geração e descendentes, nasceu depois (ainda que pouco tempo depois) de 74 e agradecia até agora de uma forma, apesar de tudo distante, aos militares de Abril… hoje sentem na pele a falta de liberdade de movimentos e de exercício de vontades. Circunstâncias políticas distintas à parte (tão distintas! Viva a democracia!), olhamos para o cartaz desta fotografia “48 ANOS DE TERROR” e somos obrigados a questionar os nossos pais e avós sobre o que foi viver neste país em ditadura. Se nunca o fizeram antes, façam-no agora. E percebam: para conquistar a Liberdade que hoje é um dado adquirido, foi preciso um conjunto de heróis das Forças Armadas e não só, num dia limpo e sem sangue, que conseguiu conquistar o dia perfeito há 46 anos. Mas, para para perder essa Liberdade, basta que nos deixemos contaminar pelas bactérias extremistas que teimam em ter lugar e voz nos intervalos da vida ou no meio dela: no racismo, no elogio absurdo da diferença, no desrespeito pelos mais frágeis, na homofobia, no olhar para o outro sem que seja olhos nos olhos, sem que seja de igual para igual. O que nos distingue, não nos enganemos, são as circunstâncias. Somos, de base, muito mais iguais do que diferentes. Mas a educação e a cultura ainda não são exactamente iguais para todos, por isso, lutemos para que todos tenhamos acesso ao mesmo e que, depois disso, tenhamos a liberdade de transformar esse património em escolhas pessoais. Há 46 anos, um grupo de heróis ditou a vida que temos. Obrigada. Para sempre, o nosso muito obrigada. Que não tenha sido em vão, que nunca mais voltemos para trás.” 

Filomena Cautela lembrou que a liberdade está em cada gesto e decisão: “Não basta emocionarmos-nos com a Grândola. Não basta gritarmos que é sempre. Não bastam estas palavras que escrevo aqui.
 Celebrar o dia de hoje, é relembrar todos os dias da nossa vida em comunidade, em cada decisão, em cada afirmação em cada gesto, que o que nos torna humanos é a nossa sensibilidade, solidariedade e missão em olhar por quem mais precisa. Falo para todos e partilho-o para me vincular a mim. Fascismo nunca mais. Feliz 25 de Abril para todos”.

 

Sandra Barata Belo explica que procura muitas vezes o significado da palavra democracia: “Liberdade. É uma palavra que procuro vários vezes o seu significado. 25 de Abril. Pôs fim a um regime fascista e deu espaço à democracia. Democracia. É uma palavra que procuro várias vezes o seu significado. Hoje, neste tempo estranho que vivemos, Portugal vive um período de democracia saudável e por várias vezes, ultimamente tive orgulho no meu país, povo e dirigentes. SEMPRE!” 

José Carlos Malato frisou que “há tantas formas de opressão”. “25 de abril. Para sempre”, concluiu.

 

Texto: Ricardina Batista; Fotos: Impala  

 

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