Numa altura em que ainda nos encontramos a ‘lutar’ contra a pandemia da Covid-19, quisemos saber como tem sido a rotina profissional dos animadores de rádio em Portugal. Para isso, contámos com a ajuda de Artur Simões, que apresenta o programa O Nosso Bairro, da Cidade FM.
VIP – Quais as principais dificuldades de gravar o programa em casa?
Artur Simões – A maior dificuldade passa sobretudo pelas questões técnicas de fazer uma emissão à distância, essencialmente com delays (atrasos) de dois segundos. Pode não parecer muito, mas imagine ter uma conversa com alguém em que cada um só reage dois segundos depois do outro falar! É estranho. Mas tentamos dar a volta, e o público compreende – ou pelo menos espero que assim seja.
Sente que agora, mais do que nunca, a rádio é uma companhia para muitas pessoas, principalmente as que estão sozinhas?
Ok, aqui posso ser tendencioso… mas é das fases em que me senti mais ‘útil’ como animador de rádio e as mensagens que temos recebido comprovam isso. Tanto pessoas sozinhas a quem fazemos companhia em casa, como aquelas que ainda se têm de deslocar para o trabalho e se fazem acompanhar por nós na viagem. É bom animar as pessoas quando está ‘tudo bem’, mas é mais gratificante ainda quando o conseguimos fazer em tempos complicados.
Como foram os dias em que teve de ir para o estúdio, numa altura em que já existiam muitos casos de Covid-19 em Portugal?
O pico do meu dia era o caminho casa-trabalho! Era das poucas chances que tinha para sair de casa, e como tomava as devidas precauções estava de consciência tranquila. Fazer rádio em casa deixa os meus pais mais descansados – e é o mais responsável a fazer – mas confesso que apreciava a oportunidade de poder dar um saltinho à Rua Sampaio e Pina [Lisboa]. Dito isto, estou agradecido à direção e ao pessoal técnico por zelarem pela nossa saúde.
Acha que esta fase o vai tornar um locutor de rádio mais completo?
Sim! Qualquer episódio que se viva na rádio ajuda ao crescimento, e este não é exceção. Sinto que na rádio nunca há uma fase ‘normal’ e associo o conforto à falta de progresso, portanto estes tempos loucos são mais uma oportunidade para me tornar melhor; ou pelo menos é uma das perspetivas positivas que arranjei para lidar com esta fase. Fazer rádio de pijama não é a experiência mais enriquecedora deste mundo, mas é mais uma linha para o currículo.
Depois de mais de dois anos na Cidade FM, qual é o seu próximo passo?
Sinto que ainda tenho muito para crescer na rádio, portanto vou continuar a explorar o que esta área tem para oferecer. A Cidade FM já foi uma escola para muitos grandes comunicadores, e sinto que o está a ser para mim também. Surgiram umas oportunidades divertidas no início do ano, mas a pandemia decidiu mostrar a sua ‘cabeçorra feia’ antes de poder avançar, portanto isso vai ter de esperar. No fundo, vou descobrindo o que quero fazer à medida que as oportunidades surgem! Se calhar já devia ter a coisa mais planeada…
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Texto: Ivan Silva; Fotos: reprodução Instagram
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