Andreia Nunes e Ivan Cavaleiro
O drama dos abortos: casal perdeu três filhos (Vídeo)

Nacional

Andreia Nunes abre o coração para falar de um assunto muito delicado: a namorada do futebolista Ivan Cavaleiro já sofreu três abortos. O casal tem um filho, Jaden, de três anos.

Ter, 07/04/2020 - 16:47

Andreia Nunes, namorada de longa data de Ivan Cavaleiro, recorreu ao Instagram para abordar um tema muito delicado: a jovem já sofreu três abortos.

«O vídeo que eu vos trago hoje é sobre um tema muito delicado que é o aborto. É uma experiência pela qual eu já passei três vezes. Este vídeo não serve para que tenham pena. Serve para que vocês percebam que por trás de cada rosto há sempre uma história desconhecida. Principalmente trazer-vos um testemunho verdadeiro de como é na dor que nós nos reconstruímos», começa por dizer. 

«Isto aconteceu uma vez antes do Jaden [o filho do casal, de três anos] nascer e duas vezes depois», revela.

O primeiro aborto  

Andreia engravidou pela primeira vez aos 21 anos, descobrindo «muito perto dos três meses». «Era quase verão e já tinha a viagem de férias marcada. Na altura a viagem acho que demorava sete horas. Depois de fazer os exames todos e de verificar que estava tudo bem, perguntei à médica qual era a opinião dela. Ela disse que já não havia problema, que já se tinha passado aquela fase crítica. Assim foi, eu viajei», conta. 

A jovem fez uma viagem de grupo a uma ilha e esteve cerca de «quatro horas sem comer». Quando chegaram, pediram, de imediato, algo e trouxeram salada de polvo. «Ficámos todos doentes, porque o polvo estava estragado. Apanhámos todos uma intoxicação alimentar. Mais de 50 pessoas ficaram doentes. Chegou lá o médico e disse que estava tudo bem com o bebé e comigo», continua. 

«Na altura já tinha nome»

«Entretanto ficámos melhor, viajámos para Portugal. Fui ao médico para ver se estava tudo bem com a bebé. Na altura já tinha nome, era Alícia, e a minha mãe foi logo lá ter comigo. Era a primeira vez que ela ia ver a ecografia. Lembro-me de a médica tentar ouvir os batimentos da bebé e já não estar a conseguir, de chamar mais auxiliares, de trocar a máquina e lembro-me da cara de pânico da minha mãe. Eu não estava a perceber muito bem, estava nervosa, a fingir que não era nada comigo», recorda. 

«A médica confirma que a bebé já não tem batimentos e que o se deveria fazer a partir dali era o aborto lá no hospital e depois ir para casa medicada. Passado dois, três dias voltei para saber se estava tudo bem e a médica disse que ainda não estava na totalidade e que eu tinha de ser raspada e aspirada», lamenta.

A companheira do futebolista, atualmente a jogar no Fulham, em Inglaterra, isolou-se «bastante». «Era aquele sentimento de culpa: ‘Será que foi do polvo que eu comi? O que será que aconteceu?’ Nunca ficou provado cientificamente qual é que foi a razão do aborto», atira.

O segundo aborto

Em janeiro de 2019, e já depois do pequeno Jaden ter nascido, a jovem descobre que estava grávida outra vez. «Novamente suspeitas de uma menina. Desta vez era a Jasmine. Já descobri perto dos quatro meses. Vamos fazer a consulta da confirmação do sexo e a bebé já não tinha batimentos», revela. 

Andreia confessa que «estava com alguns receios da gravidez, porque já tinha tido a experiência do Jaden e a experiência da Alícia». Tinha 23 anos na altura. «Demorou a digerir. Uma menina, que eu queria tanto, já tinha nome. Novamente a passar por esse processo», conta. 

«Qual a diferença de perder um bebé com 20 ou 30 anos? A dor é a mesma»

A namorada de Ivan Cavaleiro ficava com raiva sempre que alguém lhe dizia, principalmente os médicos, que o que estava a passar era próprio da idade e que ainda tinha tempo de voltar a engravidar. «Qual a diferença de perder um bebé com 20 ou 30 anos? A dor é a mesma, não é? Não deixa de ser uma perda», considera.

«No meio daquela dor toda eu consegui agradecer por já ter o Jaden, com saúde. Assim se ultrapassou mais essa fase. A dor custa, mas a dor é a maior ferramenta para a evolução. Voltou a nascer outra Andreia. Mais intensa, mais decidida», frisa. 

O terceiro aborto

Infelizmente, este pesadelo voltou a acontecer, apesar de ter sido «uma coisa muito mais soft (em português, ‘leve’)». «Já não foi aos quatros meses, foi mais inicial, tinha quase um mês. Nem contei a ninguém. Comecei a sangrar, perto do primeiro mês, e lembro-me de olhar para o sangue: ‘Já devo ter perdido o bebé.’ Fui às urgências e a médica disse que eu estava a passar por um aborto e que o meu organismo estava a expulsar naturalmente e que isto acontecia muito no primerio mês de gestação», conta. 

«Lembro-me de olhar para ela e chorar, porque não é uma coisa normal: ‘Olhe, já é a terceira vez que eu estou a passar por este evento. Há alguma coisa que eu possa fazer para percebermos por que é que isto acontece?’ Ela ficou muito sentida a olhar para mim, sem saber o que dizer naquela altura», recorda. 

«Sinto-me aliviada por ter conseguido partilhar isto convosco, algo que era impensável há uns meses», remata. 

Texto: Ivan Silva; Fotos: reprodução Instagram 

 

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