Moratória significa atrasar ou suspender, neste caso, um pagamento que havia sido acordado em relação ao vencimento de uma dívida. Estamos numa altura em que o Governo está constantemente a apresentar medidas e as últimas notícias apontam para medidas muito direcionadas para as famílias e empresas, mas ainda com muita coisa por dizer.
O que se sabe é que, estas novas medidas vão permitir aos particulares e empresas afetadas pelo Covid-19, a possibilidade de ter uma moratória no pagamento das prestações, que é o mesmo que dizer que, poderá ter acesso a uma carência de capital, durante um período de tempo, que será até 6 meses. Segundo a CGD será mediante um pedido apresentado pelos clientes, não estando no entanto, ainda divulgada toda a informação em detalhe para os restantes Bancos, dado também estarem estes em articulação com o Governo, no sentido de apresentar medidas que ajudem rapidamente as famílias e empresas, como de resto já está em andamento em Itália e em vias de ser aprovado também em Espanha.
A CGD já tem em andamento esta medida
A CGD já tem em andamento esta medida e já anunciou que vai atenuar os encargos nomeadamente, no que toca aos Créditos Habitação e Créditos Pessoais existentes nas famílias e também com as empresas em Portugal. Neste caso da CGD, esta moratória de 6 meses estará presente para os Créditos Pessoais e de Habitação, para além das empresas.
Estamos a falar de moratórias que correspondem a um prazo limite de 6 meses, onde o que se prevê para o tipo de clientes apresentados e excecionalmente devido ao Covid-19, e cumprindo os requisitos que venham a ser apresentados, que poderão eventualmente ser, situação de desemprego ou diminuição significativa de rendimentos, derivados desta crise que estamos a atravessar, os clientes não pagarem capital e existirá um adiamento do pagamento destas prestações. No caso dos créditos a particulares a CGD, está a avaliar a situação mediante os pedidos dos clientes para a carência de capital até 6 meses, simplificando os acessos, nomeadamente no que diz respeito ao Crédito Habitação.
No caso das empresas, uma das soluções que está a ser apresentada é o reajustamento das prestações mensais
No caso das empresas, uma das soluções que está a ser apresentada é o reajustamento das prestações mensais dos créditos a médio longo prazo até 6 meses, de forma a assegurar a eficiência da tesouraria empresarial às novas formas de trabalho e diminuição da produtividade. No caso das empresas, estão a ser grandemente afetadas pela atual crise e terão o devido apoio do estado e setor bancário. Por isso, os Bancos portugueses em negociações com o Estado, estão ainda a definir pontas soltas no que diz respeito às medidas concretas que irão ficar definidas para todo o setor bancário, muito à semelhança do que já se está a passar em Itália.
O grande objetivo é encontrar medidas capazes de resolver o possível incumprimento das famílias portuguesas a curto prazo, de modo a evitar ou a minimizar créditos mal parados, para os Bancos também se torna importante adequar estas medidas, para não existirem perdas significativas nos resultados bancários, caso se venha a verificar um aumento do incumprimento.
Crónica de Carina Meireles
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