A obra Letizia, a Rainha Impaciente, da autoria de Leonardo Faccio, apresenta a rainha espanhola, Letizia, em todas as suas forças e contradições: a busca incessante da perfeição, o eterno descontentamento consigo própria, a ânsia de controlar o que a rodeia, mas também o seu ímpeto, audácia e rebeldia.
Ao longo de mais de 300 páginas, é dissecada a vida da mulher que, em menos de dez anos, passou de um apartamento em Oviedo para apresentadora de televisão em Madrid e terminou como rainha de Espanha. Um trabalho que demorou, segundo o autor, mais de cinco anos a compilar, depois de uma centena de entrevistas.
Faccio faz uma “radiografia” da personalidade da rainha, uma jornalista que renuncia à sua profissão, mas não coloca de lado as batalhas pessoais, para ser parte ativa de uma monarquia em crise que precisa a todo o custo de se modernizar para sobreviver.
A publicação desta obra foi anunciada pela primeira vez em 2017, todavia acabaria por ficar no limbo (por razões nunca divulgadas) e só três anos depois viu a luz do dia em Espanha, no dia 20 de fevereiro.
Leonardo Faccio é um escritor e jornalista argentino, que também leciona a cadeira de Jornalismo na Universidade de Barcelona. Há três anos, aquando do lançamento previsto da obra, fontes próximas do autor asseguravam que o livro é fidedigno e não omite quaisquer histórias, mesmo as menos abonatórias, que, segundo a escritora Pilar Eyre, uma blogger reconhecida no país vizinho, chega a relatar o episódio de troca de favores sexuais para a agora rainha ter ficado como jornalista na TVE.
Nascido em 1971, na Argentina, Leonardo Faccio publicou em 2011 a sua primeira biografia, Messi, o Menino que Chegava Sempre Tarde (e Hoje é o Primeiro), dissecando a vida e carreira da estrela do futebol argentino. Para além disso, Faccio colabora com uma dezena de meios de comunicação social latino-americanos e europeus.
Para já, espera-se muita polémica com a edição em Espanha da obra que promete revelar os pormenores de muitos episódios menos conhecidos da atual rainha, como a forma como a jornalista estagiária se apresentou ao diretor do primeiro meio em que trabalhou, quando ainda fazia de modelo para a marca Boots, e acabou por assinar 80% dos artigos do diário Siglo XXI, ou a verdadeira história de quando Letizia posou para o artista Waldo Saavedra, como modelo de uma imagem que surge na capa do disco Sueños Líquidos, do grupo Maná, e onde surge o corpo nu da futura rainha de Espanha.
À posteriori foi dito que Letizia apenas “emprestou” a sua cara e que o resto foi imaginação do artista; terá sido?
Texto: Luís Peniche; Fotos: Reuters
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