Ana Leal confessa ter-se sentido incomodada com a presença de Carlos Cruz ao lado do filho. Em entrevista ao semanário Sol, a jornalista da TVI acusa o apresentador de a ter intimidado.
Ana Leal foi uma das jornalistas responsável pela investigação do processo Casa Pia [2002-2010]. «Uma pessoa que já tinha sido condenada em primeira instância – que é Carlos Cruz – por azar tinha a filha no mesmo colégio que o meu filho. Um colégio católico em que de manhã se reza e se faz oração com os filhos», conta. «E ele ia lá, não vejo outra forma de o dizer, intimidar-me, porque estava ao meu lado e a uma curta distância do meu filho. Isto incomoda-me muito mais do que qualquer ameaça física», acusa a repórter.
De recordar que Carlos Cruz foi detido preventivamente em fevereiro de 2003 por suspeita da prática de abuso sexual de menores. Em maio do ano seguinte, passou ao regime de prisão domiciliária e, em setembro de 2010, foi considerado culpado, na primeira instância, de três crimes de abuso sexual de menores, tendo sido condenado a sete anos de prisão efetiva. Saiu em liberdade condicional em julho de 2016. Ao longo de todo o processo (e ainda hoje), o ex-apresentador negou sempre as acusações.
Além de Carlos Cruz, foram também condenados Carlos Silvino (18 anos de prisão efectiva), Manuel Abrantes (5 anos e 9 meses de prisão), Jorge Ritto (6 anos e 8 meses), Ferreira Diniz (7 anos) e Hugo Marçal (6 anos e 2 meses).
Marta Cruz chama mentirosa a Ana Leal
Marta Cruz, filha do comunicador com Marluce Revoredo Silva, recorreu às redes sociais para defender o pai e relatar a sua versão dos factos, chamando a repórter de mentirosa. A ex-manequim, com 34 anos, afirma que Ana Leal «continua a mentir» e recorda o dia em questão: «O meu pai foi com a Raquel [Rocheta, com quem Carlos esteve casado durante 11 anos, até 2011] assistir a uma atividade escolar da minha irmã Mariana, onde estavam presentes inúmeros outros pais», começa por situar a empresária.
De acordo com Marta Cruz, a jornalista «foi queixar-se à directora contra a presença» de Carlos Cruz, que terá dito «à diretora que iria à escola ver» a filha mais nova «sempre que lhe apetecesse».
O caso terá passado as barreiras da instituição escolar no Estoril. «Posteriormente, na Pastelaria Garrett, nessa mesma manhã, esta mesma senhora dirigiu-se ao meu pai e foi ela quem o ameaçou dizendo que, da próxima vez que ele fosse à escola, ela chamaria a polícia. As pessoas que estavam na mesa com o meu pai ficaram estupefactas. O meu pai não lhe respondeu! Soube posteriormente que os pais dos outros alunos fizeram um abaixo-assinado contra esta senhora, que deve constar dos arquivos do colégio, opondo-se a qualquer limitação das idas do meu pai aos Salesianos», termina Marta Cruz.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Arquivo Impala e Reprodução redes sociais
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