O rei Alberto II da Bélgica, de 85 anos de idade, foi obrigado a reconhecer publicamente ser pai de uma mulher de 51 anos, que nasceu fruto de uma relação extraconjugal.
O processo arrastava-se na justiça desde 2013, altura em que Delphine Boël decidiu exigir que a sua filiação fosse reconhecida oficialmente e recorreu aos tribunais para forçar o monarca a fazer um teste de ADN.
Só em maio 2019 o antigo rei dos belgas se submeteu ao exame. Os resultados foram agora conhecidos e comprovaram os rumores que circulavam na Bélgica desde 1999.
Em comunicado, os advogados do rei cessante avançam que o monarca «tomou conhecimento dos resultados do exame de ADN realizado a pedido do Tribunal de Apelação de Bruxelas». E que os mesmo «indicam que é o pai biológico de Delphine Boël». Pode ler-se ainda que Alberto II «aceitou» que a artista «se torne a sua quarta filha», pondo fim a um «doloroso processo» que durava desde 2013. A mulher de 51 anos passa, assim, a ter direito a uma parte da sua herança.
Delphine Boël processou o antigo rei dos belgas depois deste ter abdicado do trono em julho de 2013, em favor do filho Filipe, devido a problemas de saúde. Mas foi numa entrevista em 2005 que a artista avançou publicamente que era filha de Alberto II. No entanto, os rumores de uma filha ilegítima circulavam desde 1999, ano em que foi publicada uma biografia sobre a Rainha Paola, mulher do rei.
A artista plástica afirma que nasceu de um longo caso extraconjugal nas décadas de 1960 e 1970 entre a sua mãe, Sibila de Sélys Longchamps, e Alberto, na altura príncipe herdeiro, casado desde 1959 com Paola Ruffo di Calabria.
O agora rei emérito sempre negara essa paternidade.
Texto: Inês Neves; Fotos: Reuters e reprodução Instagram
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