Fátima Lopes, apresentadora da TVI, foi à RTP ao programa de José Pedro Vasconcelos – Depois, Vai-se a ver e Nada – desta sexta-feira. Na entrevista, a estrela de A Tarde é Sua fez algumas confissões inesperadas.
Fátima Lopes começou por explicar que aceitou o convite por «gostar» do colega de profissão. «Adoro sair do meu papel habitual. Desconstruir».
A apresentadora da TVI revela que não gosta de ir às compras e admite que só há pouco tempo aprendeu a escolher roupas.
«Só há pouco tempo é que aprendi a escolher as minhas próprias roupas. De tanto levar na cabeça passei a escolher as próprias roupas. Tive sempre ajuda, não tenho jeito para roupas. Nada. Agora já vou… por exemplo hoje fui eu que escolhi o modelito, até há pouco tempo não conseguia, tinha sempre de pedir ajuda, porque não tenho interesse nem por roupa nem por sapatos. Não gosto de ir às compras. Se me queres ver danada, manda-me para as lojas».
«Gosto muito de falar olhos nos olhos»
Com 25 anos de carreira, a estrela da TVI «faz muitos balanços» da profissão. Normalmente, todos os anos. «Eu pergunto-me todos os anos se ainda quero continuar a fazer. Isso é uma pergunta que é obrigatória. ‘Ainda sentes paixão por isto?’ E a resposta é sim. Cada vez que tenho um entrevistado as pessoas são todas diferentes e isso é que é a magia deste trabalho. Estás sempre a descobrir vidas novas.»
Fátima Lopes gosta de conhecer os convidados antes de os entrevistar. «Dizem que tenho uma antena parabólica assustadora. Mas eu tenho mesmo. A pessoa vem ao fundo, ainda não abriu a boca e eu já lhe tirei a pinta toda… gosto muito de falar olhos nos olhos, a forma como a pessoa se expressa eu percebo logo. Até percebo quando aquilo que li no texto não é bem a verdade e às vezes aperto com ela antes de começar. ‘Diga-me lá a verdade!’».
A importância da fé na vida de Fátima Lopes
Chega o momento das perguntas difíceis e Fátima Lopes não hesita a dizer que não se vende. «O diabo não pagou pela minha alma porque eu não me vendo. Simples», diz, destacando o papel que a fé tem um papel crucial na sua vida.
«A minha fé continua a ter a mesma força dentro de mim. No meu caso, sinto-me de uma forma muito intensa. Nalguns momentos delicados da minha vida, valeu-me a fé. Principalmente em vários momentos de perda, a fé deu-me a certeza que aquela dor acabaria por passar e mais: nada nem ninguém morre se tu não a matares no coração. Tenho a certeza, porque tenho fé, que um dia nos encontraremos. Que estas pessoas se mantêm vivas dentro de mim e isso acabou por me trazer muita tranquilidade», declara. «Há uma coisa que eu tenho a certeza absoluta: sou mesmo boa pessoa. Eu sei o que planto, também sei o que vou receber», diz, ainda.
«Não vale tudo por audiências», alerta
Além de A Tarde é Sua, Fátima Lopes tem outro programa na TVI: o Conta-me Como És: «Trabalho muito. Em cada entrevista daquelas, eu tenho tanta informação para ler que não fazes ideia. Eu não tenho pergunta nenhuma escrita, só tenho mesmo o alinhamento das surpresas».
Fátima Lopes considera que nem há pessoas que não deviam de ter a oportunidade de ir à televisão. «Um bom profissional não se pode esquecer que são vidas que estão ali e não vale tudo pelas audiências. Não vale tudo. Há pessoas que nunca deveriam ir à televisão, não deveriam ter esse direito. São más pessoas, defendem maus princípios, maus valores, defendem coisas que são verdadeiras aberrações para a sociedade e para os outros. Não deveriam ter tempo de antena nunca».
O respeito pelos convidados é outro principio que segue à risca: «Eu tenho profundo respeito pela vida das pessoas, e se está a contar uma história, de alguma forma já se está a expor. Eu não posso não a ajudar, se é para a prejudicar não se convida. Se é para tratar mal não convides».
O roubo num supermercado
José Pedro Vasconcelos apertou com Fátima Lopes e ‘obrigou-a’ a fazer confissões inéditas. «Já alguma vez roubaste alguma coisa num supermercado?», pergunta o apresentador de Depois Vai-se a Ver e Nada. «Quando era miúda lembro-me uma vez, devia ter uns seis anos, depois fiquei muito mal com aquilo, não jogava com aquilo que aprendi em casa. Ainda me lembro do que era: uma latinha pequenina de Nivea. Foi num mine-mercado no meu bairro, no Barreiro. Não fui apanhada.»
Texto: Ricardina Batista; Fotos: reprodução redes sociais
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