Cristina Ferreira volta a falar na possibilidade de “suceder” Marcelo Rebelo de Sousa e assumir a presidência da República: «Não iria falhar»
Qui, 09/01/2020 - 15:30
Cristina Ferreira é umas das mulheres mais poderosas de Portugal e é um exemplo para muitas pessoas. A estrela da SIC é acarinhada por muitos portugueses e o seu programa televisivo é líder de audiências. No entanto, e apesar de adorar fazer televisão, a vizinha de Cláudio Ramos admite a possibilidade de ter outras funções e considera a hipótese de, um dia, ser Presidente da República.
A apresentadora reconhece que não tem capacidade para ser Primeira Ministra, mas tem a certeza que, se depois de se ‘reformar’ do mundo televisivo, poderia suceder a Marcelo Rebelo de Sousa e «não iria falhar.»
Em entrevista à revista Visão, Cristina Ferreira confessa que as suas ambições na vida política surgiram por acaso. «Não me imaginava, nunca me passou pela cabeça até ao momento em que as pessoas me começaram a dizer que isso poderia acontecer», começa por revelar, acrescentando: «Durante algum tempo, achei que passaria pelas autarquias e por fazer alguma coisa pela minha Malveira ou pelo meu concelho», até porque, segundo a própria, o trabalho de um presidente de Câmara é «fundamental, o mais próximo das pessoas.»
Cristina Ferreira tem vindo a sentir-se cada vez mais fascinada pela política e «pela forma como os políticos podem mudar a vida dos outros». Admite que, de momento, não está a preparar-se para essas funções, mas confessa que poderá acontecer e que estará aberta a «abraçar o desafio».
«Se um dia me perguntassem ‘chegarias a primeira-ministra?’, eu responderia imediatamente que não tenho qualquer tipo de capacidade para que isso possa acontecer. Agora, representar todos os portugueses, acho que um dia o poderia fazer, que e iria preparar e que não iria falhar», admite.
À mesma publicação, Cristina Ferreira fala sobre a ida para a SIC, projeto que abraçou no final do ano de 2018, e sobre o sucesso estrondoso do programa das manhãs, revelando quais os entrevistados que deseja ter no sofá da sua casa televisiva: Pinto da Costa e Pedro Passos Coelho.
«Já tentei por todas as vias, desde a filha ao Sérgio Conceição, e ele diz sempre ‘já sei o que a Cristina quer. Não é a altura ainda’», revela a apresentadora, confessando que ainda não conseguiu convencer o Futebol Clube do Porto a visitar os estúdios de Carnaxide.
Sobre Pedro Passos Coelho, Cristina Ferreira diz: «É talvez a figura pela qual eu tenha maior interesse desde sempre. Pelas posições que tomou, pelo antagonismo que enfrentou durante todo o processo, por tudo aquilo que tem vivido, pelo lado mais afetuoso que eu conheço de um ser humano, que é acompanhar a pessoa que mais ama num percurso tão difícil quanto tem tido a sua companheira. Acho maravilhoso mesmo».
André Ventura, líder do partido Chega, tem sido uma das figuras politicas mais polémicas nos últimos tempos e a SIC ainda não permitiu que a apresentadora o convidasse para O Programa da Cristina.
«Nós, em equipa, falámos várias vezes do André Ventura e não conseguimos chegar a um consenso sobre se haveríamos de convidá-lo. Implicámos a Direção de Programas. Foi numa altura em que se estava a falar muito da posição extrema do André, e sentimos que não era o momento de o recebermos», conta.
«Eu era das que achava que poderia ser recebido, que a porta está aberta para ouvir todas as pessoas, mas daqui a uns tempos, já toda a gente estará confortável… e se ele quiser, como é óbvio. Há coisas que têm de ser feitas com muita cabeça. Receber aqui outros candidatos ou eleitos não se tornava tão mediático como receber o André, e até em que moldes é que queria fazer a entrevista, Foi, até hoje, o único que ainda não convidámos, mas que gostaria muito de receber», continua.
Cristina Ferreira confessa ainda à mesma publicação que tem o desejo de se reformar aos 55 anos: «Parece-me que não é uma má altura. Tenho mais 13 anos de comunicação, são suficientes para tudo o que quero fazer.»
No fim da entrevista, a estrela da estação de Paço de Arcos aproveita para comentar ainda as críticas de que foi alvo pela sua prestação na última edição dos Globos de Ouro. Houve quem acusasse a apresentadora de ter transformado a gala num “espetáculo da Cristina” e a malveirense esclarece: «Fiz aquilo que achei que deveria fazer.»
«Sabia da expetativa que havia em meu redor e não fui mais do que fui ao longo dos meus 16 anos de carreira (…). Quando és apresentador, aquilo que queres é deixar marca. Não era a minha gala, mas eu era a apresentadora», termina.
Texto: Mafalda Mourão e Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução Redes Sociais
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