Leonor, a menina de 12 anos que morreu depois de ser atendida por duas vezes na urgência da CUF do Monte da Caparica, em Almada, sofreu uma rutura do baço. De acordo com o Correio da Manhã, a médica que atendeu a menina pela segunda vez não detetou a lesão porque não submeteu a criança a qualquer exame suplementar.
A rutura do baço – órgão que tem como função ser uma espécie de filtro do sangue eliminando bactérias – só foi descoberta já no Hospital Garcia de Orta depois de Leonor ser transportada, pelo INEM, para o hospital em estado de hipotermia e com manchas roxas na região das costas.
Segundo a mesma publicação, que cita fonte hospitalar, quando a menina chegou ao hospital «pouco ou nada havia a fazer». Continue a ler no Portal de Notícias Impala.
«Nem a camisola lhe mandou tirar»
«A Leonor entrou cheia de dores, com pulseira laranja (a 2ª mais grave). Fomos atendidas por uma pediatra que nem a camisola lhe mandou tirar. Mandou aplicar-lhe por via intravenosa, a medicação que ela tinha estado a tomar em casa: diazepam, paracetamol e cetorolac. A Leonor adormeceu quando estava a receber o tratamento (estava exausta), mas quando acordou começou novamente a gritar com dores», foi assim que a mãe da menina começou por contar a tragédia.
Na noite de sábado para domingo, dia 22 de dezembro, «Leonor não parava com dores, nem sequer com medicação, nem no sofá, nem na cama»: «Tinha 34,7ºC, estava a entrar em hipotermia, quando a fui vestir tinha o corpo com manchas roxas», descreve a mãe. Alexandra, a mãe, acabou por chamar o INEM.
No hospital foram feitas várias análises, mas durante o processo a menina teve uma paragem cardíaca e morreu.
Texto: Marta Amorim; Fotos: DR
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