Porta dos Fundos
Produtora atacada com «cocktails molotov» na véspera de Natal

Internacional

A sede da produtora brasileira, Porta dos Fundos, foi vandalizada na madrugada de 24 de dezembro

Qua, 25/12/2019 - 14:01

A produtora Porta dos Fundos, responsável pela série humorística Porta dos Fundos, viu o Natal ficar estragado por um ataque descabido à sua sede. Nas redes sociais oficiais da empresa foi partilhado um longo texto que dá conta do ataque que foi feito ao edifício onde estão localizadas instalações da sede da produtora.

«Na madrugada do dia 24 de dezembro, véspera de Natal, a sede do Porta dos Fundos foi vítima de um atentado. Foram atirados cocktails molotov contra nosso edifício. Um dos seguranças conseguiu controlar o princípio de incêndio e não houve feridos apesar da ação ter colocado em risco várias vidas inocentes na empresa e na rua», pode ler-se no comunicado.

Ainda na mesma publicação a produtora brasileira condena todos e quais quer atos de vandalismo e violência que foram levados a cabo na madrugada da véspera de Natal.

O ataque, filmado pelas câmaras de vigilância, foi realizado por três pessoas tendo as imagens sido entregues às autoridades que vão agora investigar toda a situação e tentar descobrir os culpados.

«Não vão nos calar! Nunca!»

Um dos humoristas que faz parte da série e produtora é Fábio Porchat que já reagiu ao incidente através das redes sociais. Fábio afirma que estas atitudes contra a produtora não vão fazer com que deixem de realizar o trabalho que têm desenvolvido até então. «Não vão nos calar! Nunca! É preciso estar atento e forte…», pode ler-se na publicação.

Este ataque surge depois de a produtora ter publicado, a 3 de dezembro, um episódio especial de Natal, com o título A primeira tentação de Cristo, onde Jesus é representado como um jovem que terá tido uma experiência homossexual e onde é também insinuado que o Maria e José viveram uma relação com Deus.

O episódio foi criticado por diversos grupos religiosos que criaram uma petição contra o episódio, contando já com mais de dois milhões de assinaturas que consideram que o mesmo «ofende gravemente os cristãos».

Texto: André da Silva Carvalho; Fotos: Reprodução Instagram

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