Jorge Jesus está em Lisboa, para passar as férias de um mês. Voltará ao Brasil em «24 de janeiro» de 2020 para «cumprir contrato» com o Flamengo, que termina «em maio». Depois, «em primeiro lugar estão os clubes portugueses» nas preferências do campeão brasileiro, caso o vínculo contratual com o Mengão não seja estendido. Jorge Jesus sonha também com emblemas que lhe permitam «garantias dei conquistar a Liga dos Campeões», os principais gigantes europeus de uma lista que não indicou, mas que admite ser composta por «cinco ou seis» formações.
À espera de Jorge Jesus estavam o irmão José e o filho mais novo, Mauro. Visivelmente abatido pela viagem, o técnico chegou acompanhado por elementos da equipa técnica, Márcio Sampaio e João de Deus. Desejou «feliz Natal» a todos os adeptos que o receberam ainda noite em Lisboa, pouco depois da seis da madrugada, e seguiu para o parque de estacionamento para a curta viagem até ao regaço do seu lar, para «umas horas de descanso antes de estar com a família para a Consoada».
Orgulhoso pelo trajeto do irmão, José Jesus falou em exclusivo ao Portal de Notícias. «Foi uma pena o meu irmão não ter conseguido vencer o Campeonato do Mundo de Clubes [que o Flamengo perdeu frente ao Liverpool por 1-0, já no prolongamento], mas o Fla deu uma grande resposta. Jogou de igual para igual. O Jorge sabe anular os adversários e foi isso que fez, além de ter montado muito bem a equipa. Por exemplo, com o Salah: alguém deu por ele?…» Ainda assim, concorda com a análise de JJ, a de «sentimento de dever cumprido».
Com o extraordinário trabalho de Mister Jesus, o Flamengo «não foi só campeão», avalia o vice-campeão do Mundo de futebol. «Não vencíamos o Brasileirão há dez anos e há 40 que não conquistávamos a Libertadores. Mas conseguimos mais. Batemos todos os recordes do campeonato brasileiro.» É esse percurso tão eficaz de cerca de meio ano que leva o ex-treinador do Sporting, do Benfica, do Sporting de Braga e do Belenenses, para citar os últimos quatro da carreira nacional, que leva o técnico a considerar sem margem para dúvidas que abriu as portas do Brasil a treinadores portugueses como Augusto Inácio, que assinou pelo Avaí, e a Jesualdo Ferreira, apresentado já como treinador do Santos, outro Grande do futebol canarinho. «Não tenho dúvidas nenhumas de que sim, abri as portas do Brasil aos treinadores portugueses.
Depois da meteórica ascensão em Terras de Vera Cruz, Jorge Jesus não aceita ser «o melhor treinador do Mundo», pelo menos da forma como está convencionado. Terra-a-terra, como sempre, a resposta só podia ser a que deu aos jornalistas que o receberam na véspera de Natal. «O melhor do Mundo é quem ganha mais títulos e nós ganhámos o que havia para ganhar» Aos portugueses deixou uma mensagem de «esperança, de saúde e de felicidade». «Bom Natal», desejou. E partiu com o irmão e o filho, não sem antes reforçar que «dia 24 de janeiro» regressa ao Flamengo para «cumprir o contrato».
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Texto: Luís Martins | WiN; Fotos: Zito Colaço | DescobrirPress
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