Fernando Santos, Selecionador Nacional, esteve esta manhã no Você na TV!, da TVI, para revelar um lado menos conhecido: o espiritual. Homem de fé, o técnico contou a Manuel Luís Goucha como é que Deus ganhou espaço na sua vida. Apesar de ser batizado, o treinador da equipa das Quinas só «convivia» com Cristo em datas esporádicas, até que tudo mudou e Fernando Santos passou a ser extremamente devoto.
A morte do pai de Fernando Santos, há mais de 20 anos, levou o técnico a acreditar que Deus manda sinais. «Eu acredito na ressurreição, acredito que a vida continua, pode ser noutro Planeta…. Não tenho medo da morte», contou a Goucha. «Quem tem fé não deve ter medo», continuou Fernando Santos, explicando que o pai lhe enviou um sinal depois de morrer.
«Ele [o pai] estará vivo também, acredito que estará por ai, já me deu sinais», disse. «O meu pai partiu em 97. [Nesse ano] fui para o FC Porto e quando fui campeão ofereci a vitória a Deus e ao meu pai. No dia seguinte [à morte do pai], estava com minha mulher […], ia a caminho da Igreja das Antas, e pelo caminho ia a pensar como é que o meu pai se estava a sentir – a beber umas cervejas de certeza, estava a comemorar -[pedi-lhe] ‘dá-me um sinal, como estás?’. Quando cheguei à porta da igreja das Antas, estava lá um rapaz que é o Rui Pedro com quem eu conversava muito [….] ele tinha um embrulho com um presente».
O Selecionador Nacional ficou feliz com a surpresa e abriu-a dentro da igreja. E foi nesse momento que Fernando Santos sentiu o sinal do progenitor com a resposta que tinha pedido minutos antes: «Quando eu fiz a quarta classe o meu pai deu-me um conjunto de canetas Parker, com o meu nome gravado, mas perdi-as […] quando abri a caixa que o Rui me deu era uma caneta Parker: uma esferográfica preta, com o cano inoxidável, com o meu nome escrito [Exatamente como a que tinha perdido e que tinha recebido do pai] . De certeza absoluta, foi o sinal de que eu estava à espera», confidencia Fernando Santos.
O chamamento de Deus na vida de Fernando Santos aconteceu depois do técnico ser despedido do Estoril Praia. «Um dia um amigo convidou-me a fazer um curso de cristandade e quando fui despedido do Estoril Praia passado três dias havia um curso de cristandade… Pensei : ‘um retiro de três dias deve-me fazer bem’. E fui. Foi o momento mais marcante da minha vida, foi ai que conheci Cristo», remata.
Texto: Ricardina Batista; Fotos: Impala e reprodução redes sociais
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