O Natal é sinónimo de mesa de iguarias, como o bacalhau, o peru, o cabrito, marisco, polvo e, claro, os doces tradicionais da quadra. No entanto, nem sempre foram estas as tradições da ceia de Natal.
No início do século XX, a grande maioria do País fazia jejum na véspera de Natal. No dia 25, ou depois da Missa do Galo, aí sim, comia-se de tudo e até não se poder mais.
No Alentejo e no Funchal, não existia a tradição de comer peru. Em vez disso, comia-se porco. No Norte – a única região que tinha a tradição da consoada na noite de Consoada – as famílias comiam bacalhau, arroz de polvo ou um polvo guisado [tudo pratos sem carne], mas só depois da meia noite.
Só muitos anos mais tarde é que a tradição de comer peru, cabrito, borrego, leitão, marisco se alargou a Portugal inteiro.
Texto: Mafalda Mourão; Foto: D.R.
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