A primeira sessão do julgamento do ataque à Academia do Sporting decorre esta segunda-feira, dia 18 de novembro, e Bruno de Carvalho chegou cedo ao Tribunal de Monsanto.
À entrada do tribunal, o ex-presidente do Sporting confrontou um dos jornalistas que lhe perguntou o que pretendia provar «ao estar acusado de terrorismo». «Quem é que falou em terrorismo? Você (jornalista) sabe quais são os crimes?», questionou Bruno de Carvalho, acrescentando de seguida: «Deixem-me passar, que eu não quero estar aqui ao pé de pessoas burras.»
O advogado do ex-presidente do Sporting, Miguel Fonseca, garantiu que o seu cliente «vai falar a verdade, quando chegar o momento certo». «Bruno de Carvalho não está convicto de coisa nenhuma, quer a verdade neste processo. Vocês [jornalistas] sabem o que se passou dentro daquelas portas de vidro de correr? A acusação fala em paus, cintos… Vocês viram isso?», questionou a defesa do arguido.
Quanto às expetativas para este julgamento, Miguel Fonseca acreditar que «tudo vai correr bem». Bruno de Carvalho foi breve nas palavras e adiantou apenas que não quer estar perto de «pessoas burras».
Bruno de Carvalho acusado de 97 crimes de terrorismo
A acusação do Ministério Público (MP), assinada pela procuradora Cândida Vilar, conta que, em 15 de maio de 2018, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, em Alcochete, distrito de Setúbal, por elementos do grupo organizado de adeptos da claque Juventude Leonina e do subgrupo Casuais (Casuals), que agrediram técnicos, jogadores e ‘staff’.
Bruno de Carvalho, Mustafá e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.
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Fotos: DR
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