Alexandre Alves Ferreira
Burlão que se fez passar por assessor de Marcelo Rebelo de Sousa vai ser julgado em dezembro

Nacional

Alexandre Alves Ferreira fez-se passar por assessor de Marcelo Rebelo de Sousa e tentou burlar empresas e particulares.

Dom, 17/11/2019 - 17:40

A história já não é nova. Alexandre Alves Ferreira fez-se passar por assessor de Marcelo Rebelo de Sousa e em fevereiro de 2018 o caso chegou a ser capa da revista Nova Gente. Na altura, a Casa Civil da Presidência da República apresentou queixa ao Ministério Público e o caso começou de imediato a ser investigado.

Agora, em novembro de 2019, depois de mais de um ano de investigações, o início do julgamento de Alexandre Alves Ferreira está finalmente marcado para o próximo dia 9 de dezembro. Alves Ferreira, conhecido por estar ligado a várias figuras do jet set português, é acusado pelo Ministério Público de sete crimes de abuso de designação, sinal ou uniforme e um de falsidade informática.

Fonte próxima ao processo contou à Nova Gente que esta situação aconteceu por altura dos incêndios em Pedrógão Grande, em 2017. «Há um ano que há situações recorrentes. A pessoa telefonava e apresentava-se como fulano de tal, da Presidência da República. Diziam que queriam contactar alguém de uma instituição e pedia contactos. Só que levantou desconfianças, tanto que a primeira queixa foi contra terceiros, mas depois passou a ter um suspeito real», afirmou.

No final de dezembro de 2017, e de acordo com a acusação à qual a TVI teve acesso, Alexandre Alves Ferreira chegou mesmo a ligar ao presidente do grupo Violas, que inclui a empresa Solverve, afirmando que Marcelo Rebelo de Sousa estava a angariar donativos para ajudar à cirurgia de um queimado, pedindo então cinco mil euros que deveriam ser transferidos para uma conta bancária que estaria na sua posse.

Também a Casa Ferreirinha foi alvo deste esquema de tentativa de burla. A Maria Leonor Freitas, Alexandre terá pedido mil euros para ajudar uma vítima queimada durante os incêndios.

Para entrar em contacto com as instituições, o arguido utilizava um e-mail falso, criado com o nome de um dos consultores de Marcelo Rebelo de Sousa. A conta bancária para onde iriam os donativos estava em nome do relações públicas.

Texto: André da Silva Carvalho; Fotos: Impala

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