Bebé encontrado no lixo
Mãe recebe apoio da embaixada de Cabo Verde

Nacional

A jovem tem 22 anos.

Sáb, 09/11/2019 - 15:50

«Em face da notícia tornada pública dando conta de uma jovem cabo-verdiana de 22 anos que terá abandonado o seu filho recém-nascido num contentor de lixo, a Embaixada de Cabo Verde em Portugal comunica que está a fazer diligências no sentido de recolher mais e melhores informações sobre o caso e prestar todo o apoio que se mostrar necessário», refere, numa mensagem divulgada na rede social Facebook.

Mãe do bebé está em prisão preventiva

No documento, a embaixada explica que situações desta natureza estão associadas a “casos de profundo desespero, de grande perturbação ou de desequilíbrios emocionais muito fortes”. “Nestas situações mostra-se sempre mais avisado compreender para ponderar as ações adequadas do que condenar à partida, no pressuposto de crueldade intencional”, frisa, considerando que as palavras do Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, foram “sensatas e de um profundo humanismo”.

As autoridades receberam pelas 17:30 de terça-feira o alerta para um recém-nascido encontrado num caixote do lixo na Avenida Infante D. Henrique, perto da estação fluvial, em Santa Apolónia, e junto a um estabelecimento de diversão noturna. O bebé foi encontrado por um sem-abrigo, ainda com vestígios do cordão umbilical, explicou na altura fonte da PSP, acrescentando que o menino foi depois transportado ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, a inspirar alguns cuidados.

A mãe do bebé, detida na madrugada de quinta-feira em Lisboa, foi ouvida no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, tendo sido decretada a medida de coação de prisão preventiva. A arguida, de 22 anos, está indiciada da prática de homicídio qualificado, na forma tentada. Segundo a PJ, a jovem, que se chamará Sara, agiu sozinha e nunca revelou a gravidez a ninguém, vivendo numa situação “muito precária na via pública”.

Parto na via pública

Em conferência de imprensa ao final da manhã de sexta-feira, Paulo Rebelo, chefe da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, explicou que a mulher não resistiu à detenção, efetuada na cidade de Lisboa. O responsável acrescentou que a mulher estava consciente, sem perturbações mentais, não apresentando sinais de consumo de drogas. Paulo Rebelo relatou que o parto “foi feito na via pública, nas imediações do local onde foi encontrada a criança”, e que a mulher não deu entrada em nenhum hospital, escusando-se a revelar se estaria a ser seguida em algum centro de saúde.

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Fotos: Redes Sociais 

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