Guilhermina foi espancada pelo marido quando estava grávida de seis meses. Foi obrigada pelo mesmo a abortar três vezes. Recebeu ameaças de morte. Disse, em entrevista a Fátima Lopes, que foi «humilhada» quando fez queixa por violência doméstica. Guilhermina tinha 70 anos. «A minha vida piorou [desde essa queixa]», afirmou, contando que, mesmo depois de se ter divorciado, em 2017, continua a ser agredida pelo ex-marido.
Condenado numa primeira instância, este homem recorreu da sentença e acabou por ser ilibado. A ex-mulher acusa-o de continuar a agredi-la física e psicologicamente. Apresenta queixa à GNR de todas as vezes, mas «nem sempre» esta é aceite. Os últimos dois anos têm sido pautados pelos mesmos sentimentos que dominaram as cinco décadas em que esteve casada: «Tristeza, medo e violência». «Eu nunca tinha conhecido outro homem. Ainda hoje ele me chama de tudo», desabafa.
A história de Guilhermina deixou da apresentadora das tardes da TVI «profundamente indignada». «A Guilhermina divorciou-se há dois anos, e a vida dela continua a ser um inferno porque há quem continua a achar que ela é propriedade dele. Onde é que estão as autoridades para porem esta pessoa onde ela merece estar? Vamos parar quando tivermos uma notícia a dizer que ela faz parte da estatística [de mortes por violência doméstica]?», atira a apresentadora.
Nervosa, Fátima Lopes lança o desafio ao ex-marido de Guilhermina: «Ela tem coragem para estar aqui sentada a dar a cara e a dizer tudo aquilo que viveu. Eu gostava que o agressor tivesse a mesma capacidade de se sentar aqui e de me dizer porque é que o fez durante 50 anos e porque é que o continua a fazer. Fica convidado para ver se tem… [pausa] tomates para se sentar aqui!», atira. «Tomates!», sublinha Fátima Lopes.
Veja esse momento aqui.
«Vou estar atenta e vigilante», garantiu a apresentadora.
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: reprodução redes sociais
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