Sérgio Figueiredo, 53 anos, diretor de informação da TVI, cargo que ocupa desde janeiro de 2015, regressou ao trabalho dois meses depois de ter tido um burnout [um estado de esgotamento físico e mental, cuja causa está intimamente ligada à vida profissional]. O responsável do canal de Queluz de Baixo, concedeu uma entrevista à rádio Observador, onde explicou os desmaios que teve na redação, recordou a saída de Cristina Ferreira e os efeitos que causou na televisão e a perda de liderança da TVI.
Entrevista:
Sérgio Figueiredo desmaiou duas vezes na redação da TVI e foi obrigado a parar. Tudo aconteceu no inicio do ano. «Tive uma lição grande de humildade, trabalhar em televisão é duro, dirigir uma redação numerosa e agitada não é pera doce. Eu andava a descansar pouco e tive uma situação de fadiga extrema», revela o diretor de informação da TVI.
«E o meu corpo que é menos humilde do que eu próprio disse-me para eu parar. Basicamente desfaleci duas vezes seguidas num espaço de minutos com quebra de tensão e desta vez um aviso um pouco mais alaranjado. Não chegou a ser um sinal vermelho porque desenvolveu hipoglicémia, uma série de perturbações que me convocam para não repetir. Podia ter ficado com sequelas», diz.
Sérgio Figueiredo foi obrigado a parar e pela primeira vez soube o que era uma baixa médica. «Tive de descansar dois meses, regressei, tive consciência que algumas coisas tinham de mudar», admite, explicando que tem quatro filhos, Sérgio, 27, Maria Luísa, 19, Manuel, 15, Pedro 13, e agora uma neta e que não queria que qualquer um deles tivesse de lidar com um pai ou um avô «debiloide». Recorde-se que Sérgio mantém um relacionamento com Margarida Pinto Correia.
A perda de liderança da TVI
Questionado se foram o efeitos da saída de Cristina Ferreira (em agosto de 2018) uma das causas para este burnout, Sérgio garante que não e que um ano antes já tinha recebido um sinal. «A Cristina nunca teve a capacidade de me fazer desmaiar», ri-se. Contudo admite que o momento em que se foi a baixo não foi o mais oportuno. «É nestas alturas que temos que cerrar fileiras e reagir», completa.
Sérgio Figueiredo explica ainda a perda de liderança da TVI. «A SIC está forte, a concorrência está muito mais competente. A contratação da Cristina é apenas uma peça de uma estratégia que passou pela mudança da direção da antena e da atitude. Enquanto a TVI estava habituada a ganhar, a SIC estava conformada em perder, o que também não é normal. Sei o que é lidar com uma equipa que quase se julga imbatível.», assume.
Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Redes Sociais
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