Enquanto terapeuta da fala e coordenadora de uma equipa que trabalha com desenvolvimento infantil lido há muitos anos com crianças prematuras para as quais a terapia da fala, terapia ocupacional, fisioterapia e psicologia são respostas cruciais para promover o seu desenvolvimento.
São comuns, por exemplo, alterações ao nível da alimentação (desde a amamentação à introdução de sólidos), desenvolvimento motor, brincar, sono…
Pois bem, lidar com famílias e crianças com estes desafios era para mim natural, mas quando nos «toca a nós» tudo muda. Quando se pensa num filho, pensa-se numa gravidez sem percalços, num plano bem delineado, tudo de acordo com o planeado.
Há quase três anos e meio aprendi que controlamos muito pouco e que damos tanta importância a coisas que não a merecem, mudei a minha perspetiva e mudou para sempre a minha vida.
Depois de um repouso forçado desde as 25 semanas, o meu Pedro não quis esperar mais e chegou às 34 semanas para passar a ser o centro do meu universo. Ficou comigo e mamou com vontade, adormeceu mas depois veio a dificuldade respiratória e levaram-no… fiquei sozinha… Nessa noite tive todo o apoio das enfermeiras, ajudaram-me no banho e assim que foi possível levaram-me à neo (neonatologia para quem não passou por lá, neo para os pais mais íntimos). Foram horas de espera, porque entretanto foi admitido outro bebé e nós, pais de neo, sabemos que nesses momentos a unidade pára para receber mais um pequenino ser que já tem que lutar logo ao nascer!
Chorei, chorei muito, chorei tanto, nesse dia e nos 15 dias que se seguiram, uma eternidade que não parecia ter fim…
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