O ex-rei da Malásia, que abdicou do trono para poder casar com a ex-Miss Moscovo, Oksana Voevodina, divorciou-se sete meses depois. Mohammed V de Kelatan e Rihana, nome muçulmano da Miss Moscou, casaram-se em novembro de 2018 e têm um filho, de dois meses.
Os rumores da separação começaram logo após o nascimento do menino, mas Voevodina continuou partilhar nas redes sociais fotografias do filho e do ex-marido, com legendas que davam a entender que a relação estava estável. A Miss Moscovo continua a referir-se ao filho com «futuro rei da Malásia» e a Mohammed V como «meu marido».
A separação foi oficializada no dia 1 de julho deste ano, mas só agora é que os documentos do divórcio vieram a público. O processo terá sido realizado de forma irrevogável, através do chamado «talaq tripla», um ritual islâmico em que o marido pronuncia três vezes a palavra «talaq [divórcio]» para pôr fim ao casamento.
Oksana Voevodina já renunciou ao apelido do ex-marido e ao seu nome muçulmano, Rihana. Um documento emitido pelo Tribunal Sharia de Singapura pede à imprensa que não se refira a ninguém como Rainha de Kelatan, título que corresponderia à Miss Moscovo, mas que nunca chegou a ser concedido.
Até ao momento, o casal continua em silêncio, mas a confirmação oficial da separação é esperada.
O casamento polémico e os 24 anos de diferença
O casamento entre Mohammed V e Voevodina surpreendeu muita gente. Ninguém estava à espera que, em novembro, o rei da Malásia abdicaria do trono aos 49 anos para se casar com uma modelo, de 25. O casal já tinha trocado alianças em segredos uns meses antes, mas só em novembro oficializaram a união com uma festa numa sala de concertos nos arredores de Moscovo, na qual combinaram tradições russas e malaias.
Não se sabe ao certo os motivos pelos quais o ex-monarca abdicou da coroa, mas rumores sugerem que o fez para proteger e preservar a intimidade da mulher, de quem tinham sido partilhadas algumas fotografias comprometedoras da sua participação num reality show.
Mohammed V subiu ao trono em 2016, depois de uma cerimónia de coroação cheia de ostentação, que consiste na veneração do Alcorão e num juramento sobre o trono de ouro. Este é um ritual centenário, por milhares de pessoas, em que o monarca deve garantir que vai governar «de maneira justa para sustenta a fé islâmica».
A Malásia vive sob uma monarquia constitucional rotativa, o que significa que os sultões [que são nove no país], são todos herdeiros e que a decisão de quem assume a coroa cabe a uma assembleia secreta, que ocorre de cinco em cinco anos. Isto significa que o mandato do sultão de Kelatan, Mohammed V, terminaria em 2021. Como renunciou antes de tempo, foi substituído por Tergku Abdullah, de 59 anos, governador de Pahang.
Texto: Redação Win/Conteúdos Digitais; Fotos: Reprodução Instagram
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