Casal gay agredido em autocarro
«Fiquei tonta ao ver o sangue»

Internacional

Melania Geymonat conta o episódio que viveu com a namorada, ou pelo menos as partes das quais se consegue recordar, que parece ter saído de um filme de terror, em plena cidade de Londres.

Sex, 07/06/2019 - 19:00

Atenção: As imagens que se seguem podem ferir as suscetibilidades dos leitores mais sensíveis!

Melania Geymonat e Chris são duas cidadãs londrinas que, na passada quarta-feira, 29 de maio, foram violentamente agredidas num autocarro em plena cidade de Londres, no Reino Unido.

Uma semana depois, Melania recorreu às redes sociais para contar todo o episódio, ou pelo menos as partes das quais se consegue recordar.

«Na quarta-feira passada, tive um encontro com a Chris. Apanhámos o autocarro noturno para irmos para a casa dela em Camden Town. Subimos as escadas e sentámo-nos nos lugares da frente. Devemos ter dado um beijo ou qualquer coisa assim, porque apareceram uns homens. Não me lembro se já estavam lá ou se foram atrás de nós. Eram pelo menos quatro», começa por referir Melania no longo texto que partilhou no Facebook.

Mais à frente, Melania conta que os homens que as perseguiram começaram a fazer gestos obscenos e a ter um comportamento completamente fora do normal. «Não me lembro do episódio por inteiro, mas a palavra ‘tesouras’ ficou na minha mente.»

De forma a tentar acalmar os ânimos, Melania ainda tentou brincar com a situação, mas os homens continuaram a atacá-las e insistiram para que estas se beijassem à sua frente. A namorada de Melania, Chris, não gostou da atitude dos indivíduos e lançou-se sobre eles.

As duas jovens acabaram por ser violentamente agredidas pelos quatro homens tendo mesmo chegado a desmaiar. «Fiquei tonta ao ver o sangue (…) Não me lembro se desmaiei ou não. De repente, o autocarro parou, a polícia estava lá e eu estava a sangrar.»

Além de agredidas, Melania e Chris foram também roubadas. «A violência tornou-se numa coisa comum», refere acrescentando ainda «estou cansada de ser um objeto sexual, de descobrir que estas situações são normais, de saber que amigos gays foram espancados apenas porque sim. Nós temos que suportar o assédio verbal e violência chauvinista, misoginia e homofóbica.»

No final da longa declaração, Melania lamenta o facto de que seja necessário «ver uma mulher a sangrar depois de ter sido atacada para gerar algum tipo de impacto».

Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais; Fotos: Reprodução Redes Sociais

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