Kelly Bailey e Lourenço Ortigão são dois dos protagonistas de A Prisioneira que se estreia na TVI dia 21. O casal de atores agarrou o desafio com satisfação, mas antes pediram à TVI para não serem o par romântico na trama, escrita por Maria João Mira, a mesma autora de A Herdeira.
«Nós queremos essencialmente fazer coisas diferentes. Tínhamos feito a Herdeira em que éramos um par romântico, o público lá em casa precisa de ver coisas diferentes e nós acima de tudo, eu como atriz preciso de fazer coisas diferentes», começa por explicar a estrela da TVI.
Kelly Bailey e Lourenço Ortigão aceitaram o desafio depois de perceber que não iam ser namorados na ficção. «O porquê de termos aceitado sem qualquer tipo de problemas é porque percebemos que o desafio era outro e não éramos um par,. Atenção, não é que haja maldade em fazermos par romântico por sermos namorados, é mesmo pela questão do público não querer voltar a ver o mesmo», interrompe.
Para acrescentar: «Percebemos que afinal não era nada disso, e está a ser incrível de fazer. Nenhum de nós está parecido com as personagens antigas.»
Kelly e Lourenço vão ter algumas cenas quentes, mas apenas uma paixão circunstancial. Os dois trabalham juntos, mas assim que terminam de gravar, ambos desligam das cenas e das personagens Glória e Fredy, respetivamente. «Conseguimos desligar do trabalho quando saímos, há mesmo um stop, é uma gestão que me tem ajudado imenso», assume.
Kelly Bailey vai fazer papel de vilã
A atriz será, pela primeira, a vilã da história. Ela e Lourenço Ortigão são os maus da fita em A Prisioneira. «Vou fazer coisas que provavelmente algumas pessoas não vão gostar. Acho que isso também é giro, é algo que nunca pude viver, porque sempre tive o carinho do público. Acho que vai ser giro ver a reação das pessoas a um lado menos bom que a Kelly tem», diz a atriz, durante a apresentação da novela, nos estúdios da Plural, em Bucelas.
O maior desafio para atriz tem sido descolar-se de Luz, d’A Herdeira. «Tenho feito um esforço muito grande para me afastar das expressões e postura da Luz. A Glória não tem nada a ver com a Luz. A minha maior dificuldade era essa porque a minha personagem é muito lutadora, sobrevivente, está sempre metida em esquemas e rapidamente caía na Luz. Quando estava nos ensaios estava um pouco frustrada porque eu via a Luz. Foi um processo difícil», explica.
Kelly assume que já conseguiu descolar-se da antiga personagem e que também já consegue sair de estúdio sem levar a personagem para casa. «Desligo a 100 por cento da carga negativa. Não há um dia em que vá para casa a pensar na novela. O desafio consegue ser mais divertido e melhor e diferente todos os dias , vou para zonas que uma personagem low profile não vai. O desafio é maior. A minha principal questão é não parecer que estou a fazer a mesma coisa. O objetivo é as pessoas não verem a Kelly nem a Luz», termina.
Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Nuno Moreira
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