Miguel Costa foi o entrevistado deste sábado de Daniel Oliveira no Alta Definição, da SIC. O ator, de 42 anos, é muito ligado às duas filhas, Luísa e Teresa, por isso a entrevista foi dominada pelo tema família. Na conversa, Miguel Costa admite que o facto de ser ator não o deixa ter uma vida estável e que por isso nunca baixa os braços. «Não quero que falte alguma coisa às minhas filhas e à minha família, quero que elas vivam sem preocupações, de uma forma feliz, com conforto. Acabo por estar nesta corda bamba porque tão depressa estou bem, com muito trabalho, como a seguir posso não ter e não ter fonte de rendimento. Mas tenho de me organizar e ter cabeça para batalhar», afirma.
Ser pai era um dos seus «maiores sonhos», por isso a maior prioridade de Miguel Costa são as filhas, com quem está sempre a brincar. «Sei que nunca as vou proteger de tudo, mas vou tentar, vou tentar de uma forma feliz, não de imposição. Mas preocupa-me muita coisa e tenho muitos medos», admite, revelando que viveu momentos de angustia quando a mulher estava grávida da filha Teresa. «Tivemos ali um percalço com a Teresinha a meio da gravidez, uma coisa que depois veio a confirmar-se que não era nada… o chão desaparece debaixo de ti, tens medo que alguma coisa corra mal», recorda.
É por isso que desde que foi pai que tem muito medo de morrer. «Nunca tive medo de morrer, mas, a partir do momento que elas nasceram, morro de medo de morrer porque eu quero estar para elas, vê-las crescer, vê-las felizes […] Um dos meus melhores amigos desde sempre morreu de uma forma repentina e ele tem um filho. Eu pensei: ‘E as minhas filhas? Como é que é depois?’. Claro que fico muito seguro por ter uma mãe como a Joana, mas eu tenho medo de desaparecer, quero estar cá com elas…»
Daniel Oliveira questionou o ator se o medo da morte não se deve também ao facto de ter enfrentado um grande susto de saúde. Recorde-se que Miguel Costa teve uma grave pneumonia. «Sim, profissionalmente tinha acabado dois projetos muito bons, tinha sido pai, estava super feliz e levei com uma cacetada de uma gripe qualquer que depois foi a porta de entrada de uma bactéria qualquer. Estive internado três semanas, estive ao lado das pessoas que morriam, pessoas mais velhinhas a maior parte. Adormecia e acordava e já não lá estavam. ‘Foi para casa? Não’. Temi».
O ator desvenda ainda que gostava de ter cinco filhos, mas que não tem condições financeiras que o permitam. «Para arranjar uma creche pública não há. Eu e a Joana estamos no limite do poder dar uma vida digna, mas se lhe dermos mais um irmão – tudo se vai resolver sem dúvida – mas vamos ter dificuldades».
Texto: Redação Win – Conteúdos Digitais; Fotos: Impala
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