Natural da Madeira, João Menezes tem um percurso de vida que dava um filme. O agricultor do programa da SIC Quem Quer Namorar com o Agricultor? recordou, em entrevista a Júlia Pinheiro, os momentos dolorosos que se seguiram à separação dos pais.
«Os meus pais entenderam que o melhor era ir uma semana para cada lado. Com isso, criou uma grande instabilidade de ambiente de casa», conta. Os pais, ambos médicos, tinham maneiras de estar na vida diferentes o que, conta João Menezes, lhe criou uma falta de estabilidade emocional.
«Identificava-me muito com a maneira de estar do meu pai, que é uma pessoa mais de estar por casa. Apesar de tentarem combinar, é aí que entram as discussões. o que eu sentia é que tinha de mudar de postura de cada vez que mudava de casa», recorda, salientando: «perdi muito a minha identidade».
Na adolescência, era um jovem «com alguma malícia», que fazia asneiras como tentativa de «chamar a atenção».Quando ingressa na faculdade, em Lisboa, opta por uma vida boémia, com algumas paixões à mistura. «Fui tendo algumas relações amorosas, por causa da minha instabilidade, por nunca estar satisfeito com o que tinha», conta João Menezes.
«Já não me arrancam do campo»
Na edição 1670, a TV 7 Dias reveliu, em primeira mão, a relação que João Menezes tinha quando decidiu trocar a cidade pelo campo. A Júlia Pinheiro, o agricultor que vive em Montemor-o-Novo fez questão de elogiar a ex-namorada.
«Foi uma pessoa a quem devo muito. Em prol de nós, cedeu experimentar a vida de campo», recorda, afiançando que a separação aconteceu não porque o sentimento acabou mas sim porque a ex-companheira não se identificou com a vida no campo. «Não foi por falta de gostarmos um do outro».
Quando a primeira aventura no campo correu mal, João Menezes viu-se obrigado a pedir dinheiro aos pais para sobreviver. «Cheguei aos 30 a ter de receber a ajuda financeira dos meus pais», recorda, explicando que este retrocesso «mexeu» com a sua auto-estima.
O agricultor conta ainda que se inscreveu na experiência social da SIC «sem qualquer expectativa». «Não me sentia sozinho. sentia a necessidade de partilhar esta vida com alguém», conta.
Depois de um início atribulado, com a saída antecipada e, depois, de Raíssa, João Menezes encontrou amizade e cumplicidade junto de Tânia e Raquel. «Foi uma lufada de ar fresco».
«A Raíssa e a Liliana não se deram nada bem. Foram momentos muito tensos e não me apercebi do jogo e da manipulação. Queria sobretudo aproveitar e que elas aproveitassem. Ver aquele jogo todo que se foi instalando foi muito desapontante», explica o agricultor madeirense.
No final, João Menezes garante que não vai voltar à cidade. «Já não me arrancam do campo».
Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais | Fotos: SIC
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