Abril é o mês da consciencialização sobre o autismo, por isso, Philippe Leroux pede compreensão para esta condição. Theo, o filho do ator de oito anos, foi diagnosticado com autismo.
Nas redes sociais, Philippe Leroux frisa que esta condição não é uma doença. «Preferia a palavra, aceitação. Imagine que o barulho que ouvia na sua aula em criança, fosse um terminal de um aeroporto onde tem de estudar. Ou um veículo barulhento a acelerar na rua, fosse um avião a jacto a passar-lhe ao lado. Ou o cheiro da rosa, tão mágico que não podia deixar de a cheirar sem fim. A luz daquela lâmpada, demasiada intensa. Ou o sabor da couve, demasiado repugnante. Não ficaria nervoso? Agitado? Confuso? Não procuraria refúgio, alguma paz para assimilar e gerir toda a quantidade de informação, que os seus sentidos enviam de forma díspar? E no entanto é uma pessoa “normal”, apenas diferente na forma de sentir. Agora imagine isso durante todo o seu dia, todos os dias…Pois é, Essa disparidade constante condiciona. Mas uma condição, não é uma doença. A Condição é o contrário da incapacidade. Apoie a neurodiversidade!», escreve.
«Um miúdo autista isola-se mais»
Recentemente, Philippe Leroux falou abertamente do assunto num evento com figuras públicas.
«Não tenho problemas nenhuns em falar de neurodiversidade e sobretudo da diferença dele que tem de ser aceite. É por isso que falo com a maior naturalidade possível, obviamente até um certo ponto. Vai existir um ponto em que vou deixar de o fazer por respeito a ele. Mas de resto, eu acho que é importante falar do autismo, para que as pessoas entendam que não é uma doença, é uma característica. Isso para mim é um trabalho que eu estou a fazer». No dia-a-dia, Philippe Leroux «não sente preconceito», mas garante que «há uma má informação».
«Sinto dificuldades porque há muitas estruturas quer ainda não estão preparadas a nível, por exemplo, da segurança social, das escolas… há muitas coisas em falta, mas é por todo o Mundo, não é só em Portugal. Tem de haver uma restruturação», afirma. «Não sinto preconceito, o que sinto, infelizmente, é que os miúdos de hoje em dia interagem muito uns com os outros. Um miúdo autista isola-se mais. Isso é o que me pesa mais, é a solidão que estas pessoas acabam por ter».
Texto: Redação Win – Conteúdos Digitais; Fotos: Impala
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