Ser mãe
«Aaaahhhh estás grávida! Que felicidade…» Ou não!

Ainda a cria não nasceu e já toda a gente «ca**» sentenças do que deves sentir e não sentir. Se engordas é porque engordas e se não engordas é porque não engordas. Enfim…

Bom, chegou a hora e o bebé nasce! Viva, nasceu o Menino Jesus ou a «Jesusa»! Mal entram no quarto, a primeiríssima coisa que fazem é perguntar «Onde está o bebé?» E eu caramba?! Acabei de parir 3.400 kg de ser, estou cosida até as orelhas, doem-me as maminhas por causa da subida do leite, tenho hemorróidas… E eu? Ninguém pergunta por mim?! Uma pessoa fica sentida.

E lá descobrem o bebé! Ouvimos os melhores comentários também. «Ai é tão lindo!», «sai ao pai», «sai ao irmão» ou ainda: «É igual à mãe!» NNNAAAOOO! Não estou a perceber! A criança está toda enrugada, muitas das vezes saiu a ferros e tem a cabeça parece que foi sugada por um aspirador, tem manchas vermelhas, geme por todo lado e é querido e bonito? Têm de me explicar qual é o vosso significado de beleza… a sério! Vá, não é um alien, mas deixem-no arrefecer e acabar de desenformar.

Dias de visita… Os dias que passam tão rápido que parece que estás na rota das tascas de Portugal inteiro. É tudo igual, não descansas, mostras as mamas a toda a gente e única diferença é que estás sóbria e cerveja nem vê-la; e se tiveres um bebé que durma a noite toda, até te podes dar ao luxo de descansares e não passares pela ressaca. Só que teres um bebé calminho, tranquilo e que dorme a noite toda, gera comichão! Escreve o que eu te digo! Sou mãe de dois babys que sempre dormiram a noite toda.

Cá voltamos às bocas do povo. A tua primeira aparição em público! Enches-te de coragem e vais sem medo, mas cheia de olheiras e manchas na roupa da baba e bolsado do bebé. Os «bitaites» vão continuar! Cedes a conversa parva e continua com o mesmo assunto: como deves tratar do baby…

Leia aqui o artigo na íntegra. 

Fotos: D.R.

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