A vida de uma mulher pode ser seguramente dividida em duas fases: antes e depois dos filhos.
Antes dos filhos, o mundo chama-nos. Sentimos a leveza das folhas de outono no ar, o quentinho do sol nos nossos ombros num final de tarde de verão, o sabor de um beijo apaixonado, a excitação palpável no ar numa noite de sexta-feira…
Tudo é visto e sentido com o véu da omnipotência, da certeza de que tudo vai dar certo. Muitas cenas tristes na televisão atingem-nos, mas o sentimento é fugaz: o nosso olhar é treinado para focar o que é bom aos olhos, aos ouvidos e ao coração. Há fluidez de movimentos, de gargalhadas, de vertigens apaixonadas.
Mas num belo dia descobrimo-nos como mães. E já não é o mundo que nos chama: é a vida, num formato ainda minúsculo, “mas gigante pela própria natureza”, que nos exige.
Aquela leveza de uma vida passada transforma-se na concretização de noites de insónias, no pesadelo da imensa preocupação diante de uma febre que não cede…
… Na certeza de que daríamos a vida mil vezes para receber um sorriso verdadeiramente feliz daquele que é tão nosso, como nenhum ser humano o foi em toda a sua existência…
Leia aqui o artigo na íntegra.
Foto: D.R.
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