Por estes dias, Georgina Rodriguez chorou a morte do pai… Refeita do choque maior e já em Lisboa, a morena falou com a revista espanhola Hola e abriu o coração.
Jorge Eduardo Rodríguez Gorjón morreu, aos 70 anos, em Buenos Aires, vítima de complicações decorrentes de um AVC. Na sua juventude, a paixão pelo futebol fê-lo mudar-se para Espanha, onde cresceu, enquanto profissional, e, ali, foi jogador e treinador. Entretanto, conhecia Ana María Hernández e, juntos, tiveram duas filhas: Ivana, de 26 anos, e Georgina, de 25.
Agora, chegou a vez de Gio enfrentar a morte do progenitor. «Destroçada», como se auto-definiu, esforçou-se por transformar em palavras a dor que sente. «É muito duro dizer adeus à figura que te ama, que te apoia, te protege, te anima e te aconselha. Perder esse grande amor é algo que te parte por dentro. Não há palavras que expressem este sentimento, tal como não há palavras que nos consolem. Toda a família está a sofrer. É uma dor que chega a ser física», revelou, sublinhando que, ao mesmo tempo, se sente tranquila por saber que o pai descansa em paz.
«Dávamos tudo para o ter de volta. Mas não doente… são. Nem que fosse um dia ou uma hora, para conversar. Para poder agradecer tudo o que fez por nós. Fizemos tudo isto, mas como ele doente, com o cérebro afetado. Ouvia-nos e respondia, mas, por vezes, estava no seu próprio mundo. Somos tão jovens para o perder. Tínhamos muito por viver… Sabemos que ele nos vai proteger de qualquer mal e que nos vai proteger», conta, ainda, falando no plurar para fazer referência também à irmã.
O Adeus há muito aguardado
A verdade é que o estado de saúde de Jorge Górjon estava muito fragilizado e qualquer tentativa para o reabilitar foi em vão. Agora que o desfecho é irreversível, a espanhola gostaria que o pai fosse recordado como um homem «bom e inteligente». «Era capaz de fazer tudo pela sua família , tentou por tudo ver-nos bem. Houve coisas que saíram mal, e aprendemos os nossos erros, mas as suas intenções foram sempre boas. O meu pai chamava-nos ‘minhas rainhas’ e eu era a sua ‘chiquitita’. Comigo ria-se muito e com a minha irmã conversava horas e horas sobre a vida. Ela, como irmã mais velha, tinha outra relação com ele», recorda.
Homem crente, foi em Deus que Jorge Górjon se refugiou para viver os últimos anos. «O seu livro favorito era a Bíblia e insistia que a lêssemos várias vezes para a entender», confidencia.
A doença prolongou-se por três anos e é Georgina quem revela que aguardava este desfecho a qualquer momento. Por isso, ela e a irmã já se iam despedindo do pai… Com a nova vida de Gio ao lado de Cristiano Ronaldo, a espanhola manteve-se ao lado do Melhor do Mundo e foi Ivana quem assumiu o controlo da situação, mudando-se para a Argentina. «Contratámos enfermeiras, esteve acompanhado 24 horas por dia», assegura.
Os anos em que esteve longe do pai
Certo é que a distância entre Georgina e Jorge parecia não ser só física. Confrontada com esta realidade, Georgina nega desentendimentos e socorre-se das circunstância da vida para explicar o afastamento.
«Esteve sempre em contacto connosco. Quem nos criou de uma forma mais permanente foi a nossa mãe, mas víamos o nosso pai sempre que ele podia», defende.
Por isso, assim que ficou doente, Gio e Ivana planearam qual seria a melhor forma para dar apoio ao pai. Porém, não estiveram sozinhas nesta tarefa. «Os meus tios da Argentina também estiveram por perto. O certo é que, economicamente, fomos nós o seu sustento. Mandávamos metade dos gastos mensais cada uma. E no início da doença, foi o nosso tio da Argentina que nos ajudou muito. Eu viajei para o ver várias vezes e ajudei economicamente todos os meses», garante Georgina.
Foi assim que a namorada de Cristiano Ronaldo manteve o contacto com o pai: à distância, mas suportando a parte que lhe competia nas despesas que a doença implicava. Acamado por um longo período de tempo, Jorge viu-se impossibilitado de conhecer a neta, Alana. «Ele não podia viajar e os bebés são muito pequenos para tanta viagem em tão pouco tempo. São muitas horas de avião e a saúde dele estava muito delicada», justifica.
Pai era fã de Ronaldo… mas nunca o conheceu
A relação entre Cristiano Ronaldo e Georgina começava em 2016. Por coincidência, foi, precisamente, nessa altura que o estado de saúde de Jorge começou a deteriorar-se…
«O meu pai era muito reservado e não gostava que o vissem como estava. Tivemos má sorte. Ficou doente quando conheci o meu namorado, mais ou menos», confirma, lamentando que os dois não se tenham conhecido. No entanto, Gio ainda contou ao pai que era amiga do craque… «O meu pai admirava-o como jogador», desvenda a morena, adiantando que, assim que soube da amizade, o pai a aconselhou a ser uma «rapariga séria».
A amizade evoluiu para um romance e, pouco depois, Georgina anunciava a gravidez. Alana nasceu e, com quatro crianças em casa e todos os afazeres profissionais, Cristiano não conseguiu acompanhar a namorada à Argentina. Gio desvaloriza e assegura que tem o apoio do craque todos os dias. «Cuida de mim em todos os momentos de tristeza e eu trato de estar forte pelos meus filhos e por ele. São a alegria da minha vida. Apoiamo-nos mutuamente em tudo. O amor é algo imprescindível na minha vida. Formamos uma grande equipa», refere, com palavras de orgulho.
A nova vida tem, agora, Itália como pano de fundo. A adaptação ao país foi, como salienta, «maravilhosa». «Casa não é onde estás mas sim com quem estás». Porém e ao contrário do que se poderia pensar, o casamento não está nos planos mais imediatos do casal. Assim, cai por terra a história de que estaria noiva… «Encantar-me-ia, mas é certo que agora temos prioridades e muitas responsabilidades», conclui, sobre o assunto.
Texto: Tânia Cabral; Fotos: Arquivo Impala e Reprodução Instagram
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