Caso Zé do Pipo: Cristina Ferreira aponta falhas à investigação policial
«Este caso parece que passou ao lado de toda a gente»

Nacional

O Programa da Cristina voltou a analisar o desaparecimento misterioso de Zé do Pipo. Ao abordar o tema, a apresentadora não escondeu a revolta.

Ter, 29/01/2019 - 15:07

Durante a Análise Criminal d’ O Programa da Cristina desta terça-feira, dia 29 de janeiro, Cristina Ferreira, António Teixeira, Vítor Marques e Mauro Paulino trouxeram para a mesa um debate sobre o misterioso desaparecimento de Zé do Pipo. Como se sabe, o cantor, cujo nome verdadeiro é Nuno Batista, chocou a família ao desaparecer no passado dia 5 de novembro, em circunstâncias ainda por apurar.

Certo é que, até à data, nem sinal do que poderá ter acontecido… Indignada, Cristina Ferreira pronunciou-se. «Estas últimas declarações da companheira vieram trazer alguns pormenores que podem mudar tudo», apontou, fazendo referência às declarações dadas por Celeste, a mulher de Zé do Pipo, a uma publicação semanal.

«Numa das declarações desta companheira, ela diz ‘vejam através do Google que ele andou a ver as marés’. Não houve uma análise da polícia ao computador, não houve uma análise ao carro», recorda Cristina, em tom de indignação. «Partiu-se do pressuposto que seria suicídio. Mesmo que seja um suicídio, não se vai analisar o computador? Este caso parece que passou ao lado de todo a gente», lamenta, ainda.
 

«Se calhar, se fosse um cantor de uma importância diferente, tinha-se tratado o caso de outra maneira»

Vítor Marques, em concordância com a nova estrela da SIC, intervém, criticando também o trabalho da equipa de investigação criminal. «Isto não pode acontecer nunca, pode haver todos os indicadores para o suicídio, mas a investigação tem de ser feita. (…) Não quer dizer que não tenham sido empurrados. O trabalho de investigação tem de ser feito.»

Cristina complementa a ideia do especialista. «Nem lhes passou pela cabeça que poderia haver aqui alguém que quisesse a morte deste rapaz.» E continua: «Se calhar, se fosse um cantor de uma importância diferente tinha-se tratado o caso de outra maneira.»

 

«Enquanto não houver corpo não há desfecho»

A apresentadora salientou que existe «preconceito» no tratamento do caso. «Eu senti desde o primeiro minuto que este caso não foi bem acompanhado. E o preconceito pode ter estado aqui também». Nesta altura, Cristina recupera, novamente, o nome de Celeste. «Esta senhora, com estas declarações, acaba por ser na cabeça de algumas pessoas uma suspeita também. E pode não ter nada a ver com isto», defende.

É desta forma que o painel de convidados fecha a Análise Criminal do caso. Cristina anuncia que, no (seu) programa, este desaparecimento não irá cair no esquecimento. «Enquanto não houver corpo não há desfecho», lembra, fechando a rubrica.

De referir que esta segunda-feira, dia 29 de janeiro, Luís Maia, repórter d’ O Programa da Cristina falou com um amigo de Zé do Pipo. Relembre o teor da conversa, aqui.

Texto: Tânia Cabral; Fotos: Arquivo Impala e Reprodução Instagram

Siga a Revista VIP no Instagram